Geral
Liderança feminina se destaca na organização dos pescadores de AL
Cuidar da roça, plantar, colher, pescar e ensinar como ter uma maior produtividade no campo: isso também é papel da mulher.
Seja na lida com a terra, seja no papel de extensionista rural, a mulher depois de tantas lutas é parte integrante no debate das políticas públicas designadas ao desenvolvimento rural em todo Brasil. Em Alagoas, várias guerreiras se destacam e, como forma de homenageá-las, em alusão ao Dia Internacional da Mulher, serão contadas algumas histórias de liderança e garra.
A primeira é uma pescadora alagoana, filha de pescadores, que hoje é a primeira mulher presidente da Federação dos Pescadores de Alagoas (Fepeal) e a única mulher líder das 26 entidades do Brasil. Eliane Moraes, que tem nove irmãos que também vivem da pesca, rompeu barreias ao assumir uma entidade tradicional. Em 2015, a Fepeal completa 92 anos de história.
“Entrei na federação como secretária em 2006 e já consideramos um avanço para época. Depois que foi eleita presidente, muitos colegas de profissão não acreditavam no meu trabalho e ficou claro que a questão de gênero era o diferencial. Nossa profissão é muito machista. Uma vez fui me apresentar em um órgão e ouvi o comentário de homens questionando a minha profissão porque estava de unhas feitas”, relatou.
Desafio
De acordo com a Confederação Nacional dos Pescadores, 42% dos profissionais da pesca são mulheres. Em Alagoas, Eliane Morais revela que a relação de gênero é muito equilibrada. O Estado possui 40 mil pescadores distribuídos em 43 colônias em 37 municípios. O maior desafio da categoria é comum para homens e mulheres: garantir políticas públicas para os pescadores.
Para o secretário de Estado da Agricultura, Pesca e Aquicultura, Álvaro Vasconcelos, a categoria é uma das mais importantes para o desenvolvimento agrícola do Estado e tem espaço especial na atual gestão. “O diálogo com o setor da pesca e aquicultura está aberto.
A liderança de uma mulher não só nesse setor como em muitos outros é imprescindível. Contamos sempre com a sensibilidade delas nas tomadas de decisão e com o pulso no cumprimento das atividades”, afirmou o secretario.
Ainda segundo a Fepeal, cerca de 15 mil pessoas vivem da pesca no complexo lagunar Mundaú e Manguaba, que envolve a capital e os municípios de Coqueiro Seco, Santa Luzia do Norte, Marechal Deodoro, Pilar e Satuba. “Nosso complexo lagunar pode ser considerado a maior empresa do Estado de Alagoas, temos homens e mulheres que tiram seu sustento da pesca do peixe, sururu, e estamos vendo nossa lagoa abandonada, precisamos agir, antes que seja tarde”, alertou Eliane Moraes.
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