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Estado amplia assistência hospitalar a pacientes com doenças hematológicas

19/12/2014
Estado amplia assistência hospitalar a pacientes com doenças hematológicas

Ampliação vai atender a pacientes hemofílicos, com aplasias, púrpuras, anemias e com doença falciforme (fotos: Olival Santos)

Ampliação vai atender a pacientes hemofílicos, com aplasias, púrpuras, anemias e com doença falciforme (fotos: Olival Santos)

  Os pacientes com doenças hematológicas benignas passam a contar com leitos para internamento no Hospital do Açúcar. A iniciativa é fruto da contratualização já existente entre a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e a unidade hospitalar, que destina leitos de retaguarda ao Hospital Geral do Estado (HGE), dos quais seis desses leitos passam agora a ser de retaguarda para o internamento de pacientes com doenças as quais a Hemorrede de Alagoas é referência.
Essa ampliação da assistência hospitalar hematológica vai atender a pacientes hemofílicos, com aplasias, púrpuras e anemias, além daqueles com doença falciforme. Segundo a diretora do Hemocentro de Alagoas (Hemoal), Verônica Guedes, depois da implantação do diagnóstico do teste do pezinho, 450 pacientes já foram diagnosticados com a doença falciforme.
Ainda de acordo com a diretora do Hemoal, a doença falciforme acomete uma em cada 1.400 pessoas nascidas em Alagoas. “O paciente com doença falciforme possui complicações que precisam de internamento, como crises de dor, múltiplas transfusões, infecções, AVC em idade precoce, úlceras de pernas, dentre outras”, esclareceu.
O internamento, que antes era apenas realizado no HGE, agora já pode ser feito no Hospital do Açúcar, com quatro leitos destinados aos adultos e dois leitos infantis. “Os pacientes vão contar com atendimento médico especializado na área de hematologia e hemoterapia”, completou Verônica Guedes.

    Fluxo

O paciente com doença hematológica é atendido nas unidades da Hemorrede de Alagoas (Maceió ou Arapiraca) ou no HGE e, com indicação de internamento, passa pela regulação dos leitos e é então transferido para o Hospital do Açúcar. A média de pacientes que necessitam de internamento varia entre seis e oito pacientes por semana.
Uma das pacientes é a pequena Lorena, 2 anos, que desde dezembro de 2013 precisa tomar medicação durante cinco dias, uma vez por mês. Segundo a mãe de Lorena, a secretária escolar Josineide da Paz, a filha foi diagnosticada com púrpura – doença que diminui o número das plaquetas no sangue – e já precisou se internar.
Como o atendimento no Hemoal é ambulatorial, o paciente realiza o atendimento e depois é liberado. No caso de Lorena, Josineide da Paz recorreu ao serviço privado quando a filha precisou ser internada. “Saber da ampliação de leitos para internamento dos pacientes com doenças hematológicas é confortante, porque como moro em Paripueira, a garantia do leito e o acompanhamento do especialista é fundamental”, disse.