A Mosca Negra dos Citros, como é conhecida popularmente a espécie Aleurocanthus woglumi, foi excluída da Lista de Pragas Quarentenárias Presentes do Brasil. A decisão foi publicada nesta quarta-feira (10), no Diário Oficial da União (DOU), por meio da Instrução Normativa nº 42 assinada por Neri Geller, ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
“Houve um reconhecimento de que a manutenção do status de praga quarentenária presente não se justificava mais, uma vez que estas pragas devem ser de ocorrência restrita a determinadas áreas”, explica Ériko Sedoguchi, fiscal federal agropecuário do Departamento de Sanidade Vegetal (DSV).
De acordo com Sedoguchi, os poucos estados onde a praga não foi observada apresentam produção citrícola de pouca expressividade, exceto para tangerina no RS. O controle da Mosca Negra dos Citors é efetuado com produtos químicos registrados no Mapa e por meio de outros métodos, recomendados por instituições de pesquisa.
Em 2008, o Mapa restringiu o trânsito de plantas hospedeiras e publicou o Manual para Controle da Mosca Negra dos Citros, por meio do Departamento de Sanidade Vegetal, da Secretaria de Defesa Agropecuária (DSV/SDA), que apresenta recomendações para eliminação de focos da praga
A praga foi detectada pela primeira vez no Brasil em 2001, na cidade de Belém e nos municípios vizinhos, no Estado do Pará. Posteriormente, o Mapa detectou focos do inseto no Amapá e no Maranhão. A mosca éconhecida por atingir as culturas de citros, caju e abacate e outros hospedeiros secundários como café, manga, banana, uva e goiaba e foi oficialmente incluída na lista de praga quarentenária presente em 2007.