Política
Collor defende agenda de atividades visando os 200 anos de Alagoas
A terra de Graciliano Ramos, Jorge de Lima, Lêdo Ivo, Nise da Silva e de 3,3 milhões de alagoanos se prepara para celebrar, em setembro de 2017, os 200 anos da história de Alagoas. Pensando num conjunto de atividades de interesse público, o senador Fernando Collor de Mello (PTB) acaba de propor ao governador eleitor, Renan Filho (PMDB), a criação de um grupo gestor multissetorial de trabalho para pensar e elaborar uma agenda de ações e eventos alusivos aos dois séculos do Estado. Alagoas praticamente chega a esse marco histórico em meio a uma forte crise na base econômica e com os piores indicadores sociais, conforme um extenso levantamento feito pela biblioteca do Senado Federal.
Collor lembra que o resultado da eleição para o governo de Alagoas revelou o desejo de mudança manifestado pelo povo. A coletividade expressou o sentimento de modificar a construção do seu próprio destino. O senador cultiva o entendimento de que a nova gestão terá a missão de libertar o estado da paralisia que vem impedindo o crescimento socioeconômico. “É hora de mudar a estratégia, de redefinir as prioridades, de avançar em busca da eficiência. É neste novo momento que tanto desejamos, e levando em conta a indiscutível importância histórica da efeméride que se avizinha, que apresento essa proposta ao nosso governador eleito”, expôs Collor.
Como indicativo para composição desse grupo de trabalho, o senador sugere que as áreas da Educação, da Cultura, do Esporte, da Comunicação e do Turismo possam articular ações com outras esferas de poder, inclusive federal, e promover o engajamento dos mais diversos segmentos da inteligência alagoana, como a Universidade, o Instituto Histórico e Geográfico do Estado e a Academia Alagoana de Letras. “Penso no governo como indutor de uma grande mobilização social, fazendo acontecer atividades de interesse público em todos os campos. O sentimento de mudança presente nas ruas haverá de potencializar oportunidades. Nada melhor do que associar essa energia a um momento de alta significância em nossa própria história”, argumentou Collor.
O historiador, escritor e professor Douglas Apratto apoia a proposta externada pelo senador Collor. Segundo ele, a comunidade acadêmica e a intelectualidade certamente acolherão com entusiasmo a ideia apresentada ao governador eleito Renan Filho. O planejamento das atividades, segundo Douglas, é fundamental para dar a dimensão do evento, fazendo com que o País tenha a oportunidade de descobrir e até redescobrir a rica história do Estado. “O bicentenário acontece justamente em um momento em que Alagoas precisa vencer esses problemas sociais, superando os desafios e recuperando a autoestima. É um momento em que podemos trazer uma Alagoas que poucos conhecem”, considerou Apratto.
O prefeito de Maceió, Rui Palmeira(PSDB), também acredita que a ideia de se instituir um grupo gestor multissetorial vai materializar uma discussão em torno do futuro de Alagoas, levando, inclusive, a uma confluência pela busca de soluções para diversos problemas locais. “Neste sentido, a criação desse grupo consolidaria um fórum extremamente profícuo para esta tarefa que, além de executiva é, sobretudo, uma missão em prol de nossa cidadania”, disse Rui.
O prefeito lembra ainda o fato de o governador eleito já ter demonstrado a vontade de unir forças em busca da superação dos obstáculos conhecidos por todos. A ampliação de um projeto articulado, como propôs o senador Collor, pode contribuir, na opinião de Rui, para reverter os indicadores negativos que penalizam os alagoanos. “Com toda a certeza, 2015 será um ano de avanços, mesmo com as perspectivas pouco otimistas da economia nacional, que impactam o desempenho das gestões estaduais e municipais. Diante deste cenário, este somatório de forças capitaneado por um grupo gestor de trabalho somaria esforços em prol de nossa gente”, concordou o prefeito.
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