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Namorado baleado diz que delegada não teve culpa por disparos

30/10/2014
Namorado baleado diz que delegada não teve culpa por disparos
Foto: Bárbara Guimarães

Foto: Bárbara Guimarães

O agente da Polícia Civil Jeferson Gomes negou, na manhã desta quinta-feira (30), que a delegada Maria Tereza Ramos tenha atirado contra ele de forma intencional. De acordo com ele, a arma que era portada pela acusada disparou acidentalmente, atingido o peito dele de raspão.

Jeferson Gomes está internado em um hospital particular desde a última segunda-feira 27, mas não precisou passar por nenhum procedimento cirúrgico. O agente negou que tenha havido discussão entre ele e a delegada antes dos disparos e que não houve a intenção de matá-lo.

Jeferson disse ainda que foi ao apartamento, no bairro do Farol, a convite da própria delegada e com o objetivo de buscar esclarecimentos acerca da recuperação do veículo Polo, de propriedade da delegada, que havia sido roubado há 50 dias no bairro da Pajuçara.

“O carro foi recuperado na última sexta-feira, na Avenida General Hermes, na Cambona, onde estava abandonado havia quatro dias. A localização dele foi feita pelos agentes da Oplit [Operação Policial Litorânea Integrada] e levado para a Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos. Eu pretendia ir à delegacia agilizar a liberação do carro neste mesmo dia”, relatou.

O policial garante que a delegada saiu do edifício e foi para as ruas com a pistola sem o carregador. “Eu o retirei antes de ela sair”, revelou, acrescentando que a acusada pode ter tido um ‘surto’, mas reforçando que os disparos efetuados dentro do apartamento foram acidentais.

Ele negou que mantinha um relacionamento amoroso com Maria Tereza, embora afirme que tinha uma ‘grande amizade’ com ela desde 2008. “Somos amigos da família dela e ela da nossa família. Por causa disso, eu tenho a certeza de que a delegada não teve a menor intenção de ceifar a minha vida”, acredita.

Em entrevista à imprensa, ele diz que todas as decisões judiciais, inclusive esta última que decretou a prisão preventiva da delegada, podem ser revistas. “O juiz John Silas é um magistrado competente e inteligente. Tenho a certeza de que, com as minhas declarações, vai ficar confirmado que os tiros foram efetuados acidentalmente. Vamos provar isso na Justiça”, confia.

Maria Tereza Ramos está detida desde a última segunda-feira, acusada de tentativa de homicídio, e teve a prisão preventiva decretada nessa quarta-feira (29) pelo juiz da 8ª Vara Criminal da Capital, John Silas da Silva. Na decisão, o magistrado determina que a delegada entregue qualquer arma de fogo ou material bélico que esteja em seu poder ou na Polícia Civil.

Fonte: Redação com gazetaweb.com