Política
Dilma promete anunciar mudanças na equipe econômica em novembro e esclarecer corrupção na Petrobras

Na primeira entrevista ao vivo após a vitória, a presidente reeleita, Dilma Rousseff (PT), falou sobre as prioridades de seu segundo mandato no Jornal Nacional na noite desta segunda-feira (27).
Na TV Globo, a petista ressaltou que não vai esperar a posse em 2015 para começar as mudanças na equipe econômica, exigidas para controlar a inflação e reverter o baixo crescimento do PIB (Produto Interno Bruto).
“Vou abrir o diálogo com todos os segmentos. A palavra-chave é: diálogo. Com setores empresariais, financeiros, com mercado, fora do mercado, para discutir quais são os caminhos do Brasil”, detalhou.
Ela sinalizou que vai anunciar o substituto de Guido Mantega (foto) no Ministério da Fazenda no próximo mês.
Dilma disse que não acredita que vai enfrentar instabilidade política pelo envolvimento de partidos da base aliada — PT, PMDB e PP — em denúncias de corrupção na Petrobras.
“O que deve levar à instabilidade política é a manutenção da impunidade”, replicou. “Farei o possível para colocar às claras o que aconteceu na Petrobras; não vou deixar pedra sobre pedra, vou investigar.”
Reformas
Dilma sublinhou a prioridade à reforma política, como símbolo do “grande clamor da juventude” e as demandas de entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).
Ela mantém a proposta de fazer uma consulta popular e quer articular essa proposta com o Congresso Nacional.
A reforma tributária também pode entrar na pauta do Executivo, visando à simplificação de tributos e o fim da guerra fiscal, entre União e Estados sobre o destino da arrecadação de impostos.
Divisão
Um dia após negar a existência de uma divisão no País, a presidente reeleita afirmou que todos os eleitores estão buscando um futuro melhor. Dilma teve 54,5 milhões de votos, uma diferença pequena para Aécio Neves (PSDB), com 51 milhões.
“Essa busca é a grande base para que nós tenhamos uma união e, numa democracia madura, união não significa unidade de ideias ou ação monolítica conjunta”, argumentou. “Significa mais abertura, disposição para dialogar, disposição para construir pontes.”
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