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Brasil precisa fortalecer as linhas de bloqueio ao ebola, diz Chioro

08/10/2014
Brasil precisa fortalecer as linhas de bloqueio ao ebola, diz Chioro

   hioro-2406 O ministro da Saúde, Arthur Chioro, avaliou hoje (8) como preocupante a situação do ebola na África Ocidental. “Embora o risco continue sendo muito baixo de termos casos no Brasil, não podemos desconsiderar a gravidade da situação. Estamos tomando todas as medidas”, disse.
Os esforços da Organização Mundial da Saúde (OMS), no sentido de conter os casos na região atingida pela epidemia, não impede, por exemplo, que voluntários adoeçam e precisem ser repatriados, como já aconteceu nos Estados Unidos e na Espanha. “Isso é uma possibilidade que existe e temos que estar preparados”, destacou.
Segundo Chioro, o Brasil precisa fortalecer a construção de uma segunda e terceira linhas de bloqueio de casos a partir de uma investigação feita em portos e aeroportos. “A nossa vantagem em relação à Europa é que não temos voos diretos com esses países [afetados pelo ebola]. Sempre serão casos onde a primeira linha de bloqueio será feita na própria África e a segunda, em um aeroporto ou porto antes de embarcar para o Brasil”, explicou.
O ministro destacou que o governo brasileiro está atento aos desdobramentos da epidemia e adiantou que fará uma simulação de caso suspeito da doença, no Porto de Santos, para aprofundar a integração entre a Secretaria Especial de Portos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e as autoridades sanitárias locais. “É sempre mais remota a possibilidade de entrada [da doença] por um navio do que por um avião, mas não podemos desprezar essa possibilidade. Estamos tratando todas as frentes possíveis com a seriedade que o caso exige”.
O último balanço da OMS indica que o ebola já infectou 8.033 pessoas e matou 3.879 delas. Ainda de acordo com o levantamento, os países com casos confirmados da doença até o momento são: Guiné, Libéria, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Estados Unidos. A Espanha também confirmou um caso de contaminação pelo ebola – uma auxiliar de enfermagem que contraiu a doença mesmo usando roupa protetora. Nos Estados Unidos, o homem de nacionalidade liberiana diagnosticado com ebola, no Texas, morreu hoje durante um tratamento experimental para combater a doença.