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Rio de Janeiro terá a maior operação de segurança da história na final da Copa do Mundo

11/07/2014
Rio de Janeiro terá a maior operação de segurança da história na final da Copa do Mundo

 Rio-de-Janeiro   O Rio de Janeiro e o Brasil terão o maior esquema de segurança da história para um único evento durante a final da Copa do Mundo no próximo domingo (13.07) no Estádio Maracanã. Segundo o secretário de segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, diversas forças colocarão em atuação 25.787 agentes para garantir que não haja nenhum problema na cidade no dia em que Alemanha e Argentina decidem o campeão mundial de futebol.
Haverá reforço de segurança não apenas no palco da partida como em locais de grande movimentação de torcedores, como na FIFA Fan Fest da praia de Copacabana, no bairro boêmio da Lapa, no Palácio Guanabara (onde todos os chefes de estado que estarão no Rio de Janeiro para a final vão se reunir antes do jogo), no Terreirão do Samba e no Sambódromo (locais de acampamento de torcedores argentinos) e até em Búzios, cidade da região dos Lagos com grande concentração de cidadãos da Argentina.
“Teremos a maior operação de segurança que o Rio de Janeiro e o país já viram. A responsabilidade de garantir que nenhum problema ocorra é imensa e, por enquanto, a operação de segurança tem sido um sucesso”, afirmou Beltrame, durante entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (11.07) no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) do estado.

 Bloqueio do entorno do Maracanã

Dos 25.787 agentes destacados para a operação da final da Copa do Mundo 14.984 são policiais militares. Eles realizarão o bloqueio das vias do entorno do estádio já às 23h de sábado (12.07). Ninguém que não seja morador ou profissional credenciado para trabalhar no evento poderá circular na região até algumas horas depois do encerramento da partida no domingo. Haverá inclusive restrição do desembarque de pessoas na estação Maracanã do metrô e dos trens.
“A preocupação que temos é com pessoas que não têm nada a ver com o jogo gravitarem desde muito cedo perto do Maracanã para analisar alguma vulnerabilidade. Assim se fez na Copa das Confederações e assim será feito agora na final”, explicou o secretário.
Beltrame frisou que a operação segue planejamento elaborado já há muito tempo, desde antes do início da competição, com alguns ajustes devido a análises de todas as forças envolvidas – inclusive de inteligência – durante toda a Copa do Mundo. “Nosso compromisso é que o evento ocorra da melhor forma possível. Quando há necessidade de ajuste, é feito. São essas coisas que fazem com que a gente esteja reunido sempre aqui no Centro Integrado de Comando e Controle. Fizemos para garantir que evento ocorra com naturalidade.”
As forças de Defesa serão o segundo maior contingente empregado na operação com cerca de 9.300 agentes. O efetivo se justifica pela necessidade de garantir a segurança dos chefes de estado que estarão presentes na final. Por enquanto, ainda não há um número fechado destas autoridades que estarão no país, mas é necessário garantir escoltas e batedores para todos seguindo protocolos internacionais. Segundo o almirante Paulo Zuccaro, chefe do Estado Maior do Centro de Defesa Aérea, 25 embarcações da Marinha serão empregadas.

 Cooperação internacional

O Secretário Extraordinário de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça, Andrei Rodrigues, informa que desde antes da Copa do Mundo as forças de segurança brasileiras trabalham em conjunto com a polícia argentina para identificar torcedores impedidos de frequentar eventos esportivos naquele país.
A Argentina repassou uma lista com cerca de 1.500 nomes e 266 estrangeiros foram impedidos de entrar no Brasil. Outros foram presos e deportados imediatamente em território nacional.  Rodrigues assegura que, se mais algum destes chamados “barras bravas” for identificado no país, sofrerá a mesma penalidade.