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Argentina e Suíça fazem mais um confronto América-Europa nesta terça na Arena Corinthians

01/07/2014
Argentina e Suíça fazem mais um confronto América-Europa nesta terça na Arena Corinthians

  451097494  Depois de Holanda x México e Costa Rica x Grécia, é a vez de Argentina e Suíça realizarem mais uma disputa entre os continentes americano e europeu na busca por uma vaga nas quartas de final, às13h desta terça-feira (01.07), na Arena Corinthians, em São Paulo. Quem ganhar enfrenta o vencedor de Bélgica x Estado Unidos, confronto marcado para 17h do mesmo dia.
A Argentina está em seu décimo sexto mundial, é bicampeã (1978 e 1986) e tem Lionel Messi, eleito quatro vezes o melhor do mundo e que dispensa apresentações. A Suíça disputa a Copa pela décima vez e chegou às quartas de final em três oportunidades (1934, 1938 e 1954). As duas equipes se enfrentaram apenas em uma situação em Copas: foi na fase de grupos da edição de 1966, e os sul-americanos venceram por 2 x 0. Se o histórico e as conquistas pesam a favor dos hermanos, a equipe comandada por Ottmar Hitzfeld tem a chance de estar novamente entre os oito melhores após 60 anos.

Entrar para a história

Para o capitão e meia da equipe suíça, Gokhan Inler, a partida desta terça é a oportunidade de fazer história.“Esse jogo será muito especial, porque vamos jogar contra um dos favoritos ao título. Mas é como os outros jogos, são 90 minutos, ou talvez 120, e precisamos de um nível de desempenho máximo. Se ganharmos, entraremos para a história, será um grande passo, mas vamos entrar em campo sem medo”, disse.
Tanto o jogador quanto o técnico Ottmar Hitzfeld foram questionados na coletiva de imprensa da véspera sobre o desafio de enfrentar Messi. O treinador disse que a resposta será dada em campo. “Qualquer defesa terá problemas com Messi. Mas os problemas estao aí para serem resolvidos, confio nos meus jogadores”, disse Hitzfeld.
O técnico não poderá contar com dois atletas de seu elenco. O atacante reserva Gavranovic está fora da Copa após romper os ligamentos cruzados do joelho direito no treino do último sábado. O zagueiro Von Bergen também não é mais opção desde que sofreu uma fratura na face na partida contra a França. Mas Hitzfeld tem jogadores de talento, como o meia Shaqiri, autor dos três gols da equipe contra Honduras.
“É um jogador muito importante, é rápido e veloz. E por que deu certo? Ele precisa de uma equipe para dar suporte, com bom desenvolvimento técnico e nós damos a ele liberdade, o meio campo vai alimentá-lo e ele vai jogar bem na frente. Um coisa boa para nós é que ele não pode ser entendido facilmente pelos adversários”, elogiou o capitão Inler.
O foco é tão grande na partida que o meia suíço não está pensando no apoio da torcida, mesmo com a possibilidade de ter a maior parte do público a favor da equipe europeia, dada a rivalidade entre Brasil e Argentina. “A torcida é de muita importância no estádio, mas o jogo são os jogadores em campo, e é preciso estabilidade. Nós que jogamos, torcedores não estão no campo”, disse, com a frieza normalmente atribuída aos europeus.

    Neurônios e músculos

Ânimo em alta, equipe quase toda à disposição, grupo confiante. Ótimos componentes para a fase eliminatória. Mas, para Alejando Sabella, este é o momento em que “paga-se caro pelos erros” e, por isso, o fator-chave é o equilíbrio emocional.
“Mais além da técnica e do bom momento, quando falamos de futebol de alto rendimento, em uma competição como esta, ou em uma Libertadores ou uma Champions, o equilíbrio emocional é um fator quase vital. Vi o jogo entre Brasil e Chile, e Branco (ex-jogador brasileiro) estava comentando justamente sobre isso. Um filósofo disse uma vez: uma grama de neurônio pesa mais que um quilo de músculo”, disse o treinador argentino.
O time que entra em campo não foi confirmado por Sabella. Entretanto, com o atacante Kun Aguero fora das oitavas após lesionar a coxa esquerda na partida contra a Nigéria, Lavezzi deve estar na formação inicial.
“Posso usá-lo de duas maneiras: como atacante, ou no meio-campo pela direita ou pela esquerda. Podemos usar dois esquemas sem mudar o jogador”, disse Sabella, que exaltou o comportamento do atleta. “É sempre necessário ter jogadores que mantêm a alegria no grupo. Lavezzi está o tempo todo com a gente e, mesmo quase sempre na reserva, nunca está de cara ruim, nunca disse coisas ruins, sempre com um comportamento exemplar”.
Messi também ganhou elogios do treinador. O jogador do Barcelona, segundo ele, está fazendo um grande Mundial, à altura das expectativas de todos. Satisfeito com o desempenho de seus jogadores, Sabella também está gostando da grande presença de argentinos nas arquibancadas. Se o cenário se repetir, ele só fez um pedido: “O mais importante é o bom comportamento. Claro que queremos ter mais um grande público, mas em paz”.