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Vereadores e secretários reúnem-se para discutir futuro de famílias do polo industrial
Vereadores de Palmeira dos Índios estiveram reunidos junto com secretários municipais para tentar solucionar o embate que envolve a construção do polo industrial e o futuro das famílias que moram há vários anos naquela localidade. A reunião aconteceu nesta quinta-feira (29), na Câmara municipal. No encontro, ficou definido que seria feito um novo cadastro das famílias e ainda estaria sendo realizado um estudo específico para saber exatamente qual o tamanho da área onde será necessária a desocupação dos moradores.
Na oportunidade a vereadora Sheila Durate (PT), fez questão de destacar que não é contra a construção do polo industrial em Palmeira dos Índios, e mesmo fazendo parte da oposição, jamais deixará de apoiar projetos que tragam o desenvolvimento ao município, contudo, ela demonstra a preocupação com as famílias que residem próximo ao local.
De acordo com a vereadora, os moradores informaram a ela que se sentiram agredidos com a forma de aborgadem das pessoas que foram no local. A lei está para ser cumprida e vai haver a demolição das casas. “Uma senhora de 70 anos que não teve o nome informado passou mal quando soube que tinha que sair de sua casa”, disse Sheila.
Segundo Duarte, o fato se deu devido a forma pouco amigável no primeiro contato entre os responsáveis pelo cadastro, e por esse motivo, muitas pessoas se negaram a passar as informações que são fudamentais para que haja o conhecimento da realidade existente naquela comunidade. Pois, muitos deles estavam assustados e, sendo a maioria analfabetos, não sabiam o que estavam assinando.
A vereadora informou que foi dada a sugestão para que as famílias fossem contempladas com as casas que fazem parte do projeto do governo Federal – Minha Casa Minha Vida, no entanto, as pessoas não aceitaram pois, a maioria não quer perder sua identificação rural, herdada por seus familiares e de onde retiram sua renda com o plantio de várias culturas por meio da agricultura familiar.
Além disso, as casas do programa ainda não estão prontas para abrigar essas famílias de imediato. Então, foi sugerido pelos representantes do governo municipal o pagamento de um aluguel social no valor de até R$ 300,00 para cada família, de responsabilidade da secretaria de Assistência Social.
“Muitos dos moradores se sentem traídos pois, de acordo com uma moradora o prefeito foi até o local e prometeu que ninguém iria sair de lá e muito pelo contrário eles iria até trabalhar na obra do polo industrial, que servirá de emprego para muitas pessoas” disse Sheila.
Quando questionado a respeito da falta de planejamento e do que seria feito com essas famílias o secretário muncipal de Administração – Aérton Lessa disse que “o terreno era do governo federal, e a liberação oficial para a prefeitura aconteceu no último mês de abril, isso significa dizer que, aconteceu às vesperas do início da obra. E se fôssemos ir ao pé da letra, seguindo o que determina a lei, era para simplesmente retirar o pessoal do local sem ter direito a nada, pois todas as famílias invadiram um terreno que é público e isso é ilegal. Mas, iremos tentar reverter esse quadro”, declarou o secretário.
Outra reunião, na sede da secretaria de Assistência Social com representantes dos moradores, do governo municipal e vereadores foi realizada.
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