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Alagoanos que irão viajar para países da Ásia, Oriente Médio e África devem se vacinar contra Pólio
Os alagoanos que forem viajar para Camarões, Síria, Paquistão, Afeganistão, Guiné Equatorial, Etiópia, Iraque, Israel, Somália e Nigéria devem ser vacinados contra a poliomielite, conhecida também como paralisia infantil. O alerta foi emitido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), depois que foram registrados 62 casos da doença nos países localizados na Ásia Central, Oriente Médio e África Central.
O objetivo da ação é evitar que alagoanos com viagens marcadas para os países endêmicos para a poliomielite venham a contrair a doença, que pode deixar sequelas irreversíveis e levar à morte, reintroduzindo-a em Alagoas e no Brasil. No entanto, ainda de acordo com a Sesau, não necessitam ser imunizados àqueles que tenham recebido a vacina nos últimos 12 meses.
A vacina contra a poliomielite, segundo a coordenadora do Centro de Informações Estratégicas e Respostas em Vigilância em Saúde (Cievs), Marlene Lima, está disponibilizada em todos os postos de vacinação dos 102 municípios. Após ser imunizado, o viajante irá receber um comprovante de vacinação, que servirá como passaporte para obter o documento que atesta a situação vacinal.
“É importante ressaltar que a vacina contra a poliomielite faz parte do calendário vacinal das crianças menores de cinco anos e, portanto, os alagoanos concentrados nas demais faixas etárias, só irão receber a vacina se comprovarem que irão viajar para os países que foram incluídos no alerta da OMS. Para receber a vacina, é necessário portar o Cartão de Vacinação, onde será registrada a dose aplicada, a data e o lote, segundo determinação do Ministério da Saúde”, explica a coordenadora do Cievs.
Marlene Lima ressalta que, há 25 anos o Brasil não registra casos de poliomielite, em razão das campanhas de vacinação anuais que são realizadas com sucesso em todo o território nacional. No entanto, 16 países ao redor do mundo ainda apresentam casos de poliomielite, com três deles em situação endêmica: Paquistão, Afeganistão e Nigéria.
Poliomielite – A poliomielite ou paralisia infantil é uma doença infectocontagiosa viral aguda, caracterizada por um quadro de paralisia flácida, de início súbito. Segundo Marlene Lima ela acomete em geral os membros inferiores, de forma assimétrica, tendo como principal característica a flacidez muscular. A enfermidade é causada pela infecção pelo pólio vírus, que se espalha por contato com muco, catarro ou fezes infectadas.
Cerca de 1% dos infectados pelo vírus pode desenvolver a forma paralítica da doença, que pode causar sequelas permanentes, insuficiência respiratória e, em alguns casos, levar à morte, segundo a OMS. As principais características são a perda da força muscular e dos reflexos, com manutenção da sensibilidade no membro atingido.
A poliomielite, ainda de acordo com a coordenadora do Cievs, deve ser evitada tanto através da vacinação contra poliomielite como de medidas preventivas contra doenças transmitidas por contaminação fecal de água e alimentos. “As precárias condições habitacionais, a higiene pessoal precária e o elevado número de crianças numa mesma habitação também são fatores que favorecem a transmissão da doença”, informa.
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