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Rússia, EUA e UE chegam a acordo para diminuir tensão na Ucrânia
Uma reunião nesta quinta-feira (17/04) em Genebra, representantes de Ucrânia, EUA, Rússia e União Europeia surpreenderam expectativas ao chegar a um acordo concreto para tentar diminuir as tensões na Ucrânia. Após sete horas de intensas negociações, os diplomatas estabeleceram medidas que vão desde a reforma constitucional no país até anistia aos militantes pró-Rússia que depuserem suas armas.
“Todos os lados devem diminuir a violência, intimidação e provocações. Os participantes [da reunião de Genebra] condenam e rejeitam firmemente todas as expressões de extremismo, racismo e intolerância religiosa, incluindo o antissemitismo”, destacou o comunicado conjunto aprovado hoje na Suíça, horas depois de uma entrevista na TV russa com o presidente Vladimir Putin.
As quatro partes negociadoras concordaram em enviar um grupo de observadores da OSCE (Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa), cuja tarefa será garantir o esfriamento dos conflitos na região, bem como o cumprimento do acordo. “Esta missão [da OSCE] deve ter um papel preponderante em assistir as autoridades ucranianas e as comunidades locais na implementação das medidas”, ressalta o relatório conjunto.
Outra medida do acordo prevê o desarmamento de todos os “grupos armados ilegais” — que também deverão desocupar os prédios, praças e vias públicas mantidas sob seu controle no leste do país, região que protagoniza as sublevações por mais autonomia em relação ao governo central de Kiev. Em troca, será concedia anistia aos militantes pró-Rússia que cumprirem estas determinações; à exceção daqueles responsáveis por “crimes graves”.
Sobre os planos de mudança na Constituição do país, o acordo diplomático estipula que o processo deverá ser conduzido de maneira “inclusiva, transparente e responsável”.
A reunião também suspendeu os planos de impor à Rússia uma nova rodada de sanções econômicas. No entanto, John Kerry, secretário de Estado norte-americano, alertou que se as potências ocidentais não notarem progresso, voltarão a aplicar punições.
Os EUA vão enviar à Ucrânia “assistência militar não letal”, material que inclui equipamentos médicos, geradores elétricos, colchões, capacetes, tendas e purificadores de água. Ao anunciar o envio, o ministro da Defesa norte-americano, Chuck Hagel, reiterou que as ações da Rússia no leste da Ucrânia são “perigosamente irresponsáveis”. Hagel disse ainda que a aliança da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) sai fortalecida e com o “compromisso renovado”, após os recentes embates com Moscou.
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