O ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Miguel Rossetto, recebeu em seu gabinete, nesta quinta-feira (17), uma delegação do Quênia integrada pelo ministro de Agricultura, Pecuário e Pesca, Felix Kiptarus Koske; pelo embaixador do país africano no Brasil, Kirimi Kaberia; além de respectivos técnicos e assessores.
 O objetivo do encontro foi discutir o andamento do programa Mais Alimentos Internacional, do qual o Quênia também faz parte. O ministro queniano também veio agradecer o esforço do MDA na agilização do cumprimento das etapas que dizem respeito ao Ministério para a concretização definitiva do acordo.
“Nós estamos muito felizes por esse ambiente de cooperação que, aliás, tem sido muito estimulado pela presidenta Dilma. E nos colocamos à disposição do Quênia, mais uma vez, para transmitir a experiência brasileira nas políticas públicas, na prática da agricultura, no manejo agrícola, nas culturas prioritárias, nas pesquisas realizadas pela Embrapa. Enfim, em todas as áreas em que eles queiram trabalhar”, informa o ministro Miguel Rossetto.
Rossetto destaca que, nos últimos 10 anos, o Brasil cresceu muito no desenvolvimento da agricultura familiar. “E, também, no conhecimento adquirido em itens como política de preços, produção de sementes, técnicas de plantio, armazenamento, agroindústrias, crédito e financiamento. O que, certamente, será muito útil para a agricultura queniana”, afirmou.
Dos cinco países africanos que já aderiram ao Mais Alimentos, o Quênia foi o último a assinar o projeto de cooperação técnica (PCT) com o MDA e a obter, em outubro do ano passado, a autorização do Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), para acessar o crédito de US$ 80 milhões.

    Memorando

Esta semana, o ministro Felix Koske veio ao Brasil para assinar o memorando de entendimento com o MDIC que, dentre outros aspectos, detalha, um pouco mais, em que condições esse crédito de US$ 80 milhões será concedido. “Agora, para avançarmos, uma das etapas é a precificação dos itens que eles vão nos demandar”, explica o chefe substituto da Assessoria para Assuntos Internacional e de Promoção Comercial (Aipc), Leonardo Pereira Batista.
“Depois de os quenianos definirem o tipo de equipamento que necessitam para estimular o desenvolvimento da agricultura do país, nós apresentaremos uma cotação inicial que vai servir de preço-teto para que, então, a equipe deles venha ao Brasil negociar diretamente com as indústrias a redução de preços”, acrescentou Gabriel Oliveira, da coordenação do Programa Mais Alimentos Internacional do MDA e que também participou da reunião.

    Pacote tecnológico

Outro item importante debatido durante o encontro foi a inclusão do pacote tecnológico que integra a fase pós-venda dos equipamentos. O ministro Miguel Rossetto salientou que ao adquirirem os equipamentos necessários, os quenianos também terão direito a serviços como capacitação de operadores, manutenção das máquinas e toda a assistência necessária que deverá ser prestada pelos fabricantes das máquinas.