Política
Collor promete ajudar enfermeiros agilizando votação de projetos de lei no Senado
A comissão do sindicato dos enfermeiros e técnicos de enfermagem do Estado de Alagoas (Sineal) pediu ao senador Fernando Collor de Mello (PTB), durante reunião na tarde desta quinta-feira (10), apoio na tramitação dos projetos de lei de número 2295/2000 e 4924/2009 que dispõem sobre a carga de trabalho de 30 horas e o piso nacional para toda a categoria, respectivamente.
No encontro, a entidade de classe lamentou o fato de o governo estadual não assegurar aos profissionais a reposição salarial acima da inflação, ganho por insalubridade, bem como o plano de cargos e carreira único para os servidores.
De acordo com a presidente do Sineal, Renilda Barreto, os enfermeiros e técnicos estão há anos sofrendo com a ausência de iniciativas do governo que assegurem a eles ganhos reais. Ela lembrou ainda que, apesar das diversas mobilizações tanto em Alagoas como em Brasília, a categoria ainda sofre com problemas que poderiam ser resolvidos facilmente, visto que há projetos que pleitam as mudanças almejadas.
“Mesmo nos esforçando, pagando cursos, pós-graduação e mestrado, ainda não temos um plano de carreira justo, que contemple igualmente toda categoria. Em Brasília, os projetos não andam. Já esqueci de quantas vezes essas matérias entraram na pauta do dia no Congresso, mas não foram para votação”, lamentou Barreto.
Os sindicalistas criticaram a falta de diálogo do governo Teotonio Vilela (PSBD) no que diz respeito à implantação do plano de cargo e carreira, insalubridade e a reposição salarial. Com isso, ainda segundo o sindicato, os profissionais enfrentam, diariamente, as piores adversidades.
“O governador nega o reajuste e sempre coloca a culpa na LFR [Lei de Responsabilidade Fiscal]. As categorias da polícia militar e professores da rede estadual conseguiram um pouco mais acima da inflação. Já nós tivemos apenas a reposição da inflação. Tem companheira que, em 2003, ganhava 11 salários-mínimos e hoje esse valor não chega a sequer três. É lamentável trabalhar dessa forma há 50 anos”, expôs Barreto.
Diante do pleito apresentado pela categoria, o senador prometeu trabalhar junto as comissões do Congresso e aos parlamentares para colocar as matérias em votação o quanto antes. Ainda segundo Collor, os enfermeiros sempre se destacaram pela capacidade e vontade de trabalhar, mesmo com as adversidades da profissão.
Ao final do encontro, a sindicalista Sandra Araújo lembrou ao senador que a mãe dele, Leda Collor de Mello, foi a responsável pela implantação do primeiro curso de técnico de enfermagem em Alagoas. “Realmente essa história é verdade. Minha mãe sempre teve a preocupação de lutar pelos direitos da mulher. Ao ponto de lançar uma candidatura para assegurar todos esses objetivos”, recordou o senador.
Segundo a assessoria técnica do Congresso, o projeto de número 2295/2000 está parado, esperando a votação que não tem data para acontecer. Já o de número 4924/2009 aguarda parecer do relator na comissão de finanças e tributação (CFT).
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