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Saulo de Tarso
As quatro basílicas de Roma: São Pedro, São Paulo, São Giovanni e a de Santa Maria Maior, revelam a genialidade humana a serviço da glorificação divina. De todas elas a que mais sensibiliza minha alma é a de São Paulo. Não possui a majestade suntuosa da Igreja de São Pedro, nem o encanto da Basílica de Santa Maria Maior, mas, tem uma grandeza sóbria que melhor se coaduna com a austeridade da vida do fundador do cristianismo.
Saulo nasceu na cidade de Tarso, grande empório comercial do Oriente Médio. Filho de pais ricos, integrando a elite judaica, gozava das prerrogativas de cidadão romano. Criado dentro dos preceitos do judaísmo, obedecia estritamente à lei bíblica, cumprindo com meticulosidade todas as prescrições e proibições do Código Mosaico. Odiava os judeus seguidores de Cristo, por considerá-los ofensores de Deus.
Converteu-se quando, viajando a Damasco, viu-se envolvido em um resplendor de luz e ouviu a voz de Jesus de Nazaré, convocando-o para Seu apostolado. Transformou-se num mercador da paz e do amor. Perseguido por seus antigos aliados, exilou-se em Antioquia, na Grécia, onde criou uma religião nova. Antes de São Paulo, os adeptos de Jesus integravam uma das muitas seitas judaicas. Não possuíam igreja própria. Reuniam-se em sinagogas. Chamavam sua revolucionária doutrina de “O Caminho”, estando limitada apenas aos judeus. Paulo de Tarso universalizou a nova religião batizando seus seguidores de cristãos, palavra grega que significa discípulos do Messias.
O tempo do cristianismo apóia-se na verdade concebia por São Paulo, compreendendo uma realidade espiritual tríplice. Deus como Pai, Jesus como Filho e os homens como irmãos. A crença na imortalidade de Jesus Cristo é a garantia maior do ressuscitamento do justo e a certeza de que o bem sempre derrota o mal.
O apogeu da vida de São Paulo é alcançado no período que residia em Roma. Pregou a democracia, através da boa vontade fraterna, quando afirmava que toda a humanidade é uma família única. Gênio, transformou a cruz, que era um símbolo de degradação, em um simbolismo da grandeza e da verticalidade humana.
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