Em pronunciamento durante a sessão desta terça-feira (08), o deputado Ronaldo Medeiros destacou sua indignação com as demissões que estão sendo efetuadas na Companhia Alagoana de Recursos Humanos e Patrimoniais – CARHP, pelo Governo. O parlamentar relatou que na semana passada esteve reunido com os secretários da Fazenda e Agricultura do Estado discutindo essa questão e afirmou que o secretário de finanças quis “jogar” a culpa das demissões nos deputados, quando falou que no projeto de reajuste salarial dos agentes penitenciários, aprovado pela Casa, teria uma cláusula onde o aumento só seria repassado à categoria caso os servidores da CARHP fossem demitidos, o que segundo Medeiros é um absurdo tendo em vista que o parlamentar leu toda a matéria.
“Esse Governo está matando a agricultura familiar. O próximo governador vai encontrar a secretaria de agricultura acabada, sem técnicos e sem projetos tendo em vista que não terão como trabalhar. Foram mais de 600 demissões, a Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas – ADEAL perdeu muitos funcionários e vai iniciar um período de vacinação contra a aftosa me pergunto: como? Pois não terão técnicos suficientes para isso. Como o Estado quer receber um título de zona livre da aftosa desse jeito?”.
O parlamentar continuou seu pronunciamento citando como exemplo de outro grave problema criado com estas demissões, o fim do banco de sementes, isso porque a contrapartida do Governo do Estado para a realização do projeto é a mão de obra, ou seja, os técnicos. “Então recriamos a Emater para que? Se não existe capilaridade nem técnicos para atender o homem do campo? Não podemos aceitar e nos calar diante dessa situação”.
Medeiros afirmou que a retirada dos técnicos vai “matar” devagarzinho o sertanejo, mas a retirada dos carros-pipa, segundo do Governo por falta de verba, vai acabar com tudo “os animais já morreram, agora é o povo, o agricultor que sem água também não suportará”.
Por fim, o parlamentar aconselhou que Governo do Estado diminuísse os gastos com as viagens de helicóptero e investisse na compra de bombas d´água, para abastecer o Sertanejo. “O governador está perdendo um grande acervo, precisa deixar de voar e andar mais no chão para ver e sentir a realidade do Estado”.