Os técnicos dos municípios alagoanos e instituições do Estado participaram de uma reunião, nesta quinta-feira (3), realizada no Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), no Poço.
O objetivo é prevenir e controlar a doença provocada pelo mosquito Aedes aegypti por meio da mobilização dos membros do Comitê Estadual de Mobilização Contra a Dengue,
O encontro foi destinado, principalmente, aos municípios prioritários e em alerta. Na oportunidade, os técnicos dessas localidades analisaram a situação epidemiológica da dengue em Alagoas; receberam mais informações sobre a doença, sintomas, prevenção, transmissão e tratamento e conheceram exemplos de mobilização aplicada por instituições, a exemplo do trabalho realizado pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa).
A técnica do Serviço de Saúde Ambiental da Funasa, Quitéria Pereira, apresentou como uma ação pequena serve como exemplo para sensibilizar e mobilizar outras pessoas e instituições para uma ação. “Realizamos palestras com os servidores e focamos em ações com a equipe de limpeza e manutenção, responsáveis pela correção de problemas encontrados na caixa d’água, copos descartáveis, dentre outros”, comentou.
A necessidade de mobilizações contínuas para evitar a proliferação do Aedes aegypti envolve várias esferas do poder e da sociedade civil organizada, segundo a coordenadora do Comitê Estadual de Mobilização contra a Dengue, Ana Lúcia Oliveira. “Em conjunto, percebemos de forma mais objetiva a situação do Estado e municípios em relação à dengue, além de determinar ações voltadas às necessidades de acordo com cada situação”, esclareceu.

 Nova nomenclatura – O Ministério da Saúde adotou novas classificações de casos da doença: dengue, dengue com sinais de alarme e dengue grave. Essa nova nomenclatura possibilita uma melhor captação dos casos graves e agiliza o diagnóstico e manejo dos pacientes, possível redução de morte por dengue e um melhor entendimento entre vigilância epidemiológica e assistência na classificação dos casos e qualificação da ficha de notificação.

Situação epidemiológica – No período de 1º de janeiro a 31 de março deste ano, Alagoas notificou 1.686 casos suspeitos de dengue, representando um aumento de 14,77%, já que no mesmo período do ano passado foram computados 1.469 casos. Até o momento, 33 municípios estão em situação de risco de surto, 37 em situação de alerta e 31 apresentam situação satisfatória.
Ainda este ano já foram registrados 44 casos suspeitos das formas graves da doença, o que representa um aumento de 69,23%, quando comparado ao ano de 2013. Este ano também foram notificados quatro óbitos suspeitos de dengue, que ocorreram nos municípios de Maceió, Piranhas e Satuba, e que estão sendo investigados.