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Respeito à diferença
Esta semana foi muito especial para o Senado com as homenagens feitas às mulheres, as pessoas com Síndrome de Down e as que sofrem discriminações raciais. Ao lançarmos nossas atenções para todos os segmentos estamos tornando o país mais justo e igualitário.
Na quarta-feira recebemos o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Marco Aurélio, que lançou a campanha de incentivo para uma participação mais efetiva das mulheres na política e, na sequência, a homenagem ao Dia Internacional da Síndrome de Down.
A incidência da Síndrome de Down é um evento genético e universal, que se faz presente em todas as raças e classes sociais. Antes estigmatizada, felizmente hoje verificamos que a síndrome pode e deve ser encarada como uma particularidade na vida das pessoas, fato esse que não as impedem de estudar, trabalhar, fazer arte, ter, enfim, uma rotina produtiva e saudável.
E os exemplos são vários. Entre eles, o artista plástico Lúcio Piantino, que tem encantado a todos com suas telas abstratas cheias de cores, formas e texturas. Lúcio é um vencedor que ultrapassou dificuldades e rompeu preconceitos.
Durante as homenagens também compareceram ao Senado, os atores Ariel Goldenberg, Rita Pook e Breno Viola, protagonistas do longa-metragem “Colegas”, que tem arrebatado prêmios por todo o país.
A produção vem emocionando multidões e ganhou o Prêmio Especial do Júri e de Melhor Filme do 40º Festival de Gramado de 2012. Ganhou também o prêmio de Melhor Filme Brasileiro, Prêmio Juventude e Prêmio do Público na 36ª Mostra Internacional de São Paulo 2012. Ele é a prova de que podemos todos vencer desafios. Ter ou não Síndrome de Down é apenas um detalhe, que não impede o brilho, o sucesso, as conquistas.
Não existe ainda em nosso país estatística precisa de quantos brasileiros tem a Síndrome de Down. Estima-se que para cada 700 pessoas, um nasça com a trissomia. Assim, teríamos 270 mil pessoas no Brasil com a síndrome. Pessoas especiais como as que têm Síndrome de Down são as que nos fazem refletir sobre a nossa própria identidade, e sobre a nossa capacidade de lidar com o diferente.
São eles que nos dão oportunidade de avaliar os nossos preconceitos e a nossa atitude ao nos defrontar com aquele que não é o nosso espelho. Assim, a maneira como o nosso olhar pousa sobre as pessoas especiais faz toda diferença: com discriminação, arrogância ou frieza nos tornamos menos humanos. Com tolerância, compreensão e estímulo, faremos um mundo melhor e mais fraterno.
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