Política
Teotonio, o fiel da balança da eleição de outubro
O governador Teotonio Vilela Filho se transformou – com sua desistência em concorrer ao pleito de outubro, no fiel da balança das eleições. Para onde pender o governador ele decidirá o pleito.
Teotonio – com a força da caneta governamental – é agora o maior eleitor e cabo eleitoral de outubro. Virou peça fundamental no xadrez político, que por hora está totalmente confuso em razão da indecisão e quase implosão da “oposição” que tem muito cacique para ocupar os poucos postos disponíveis na eleição vindoura.
Do lado governamental existem nomes que não podem ser desconsiderados como o senador Benedito de Lira (o mais votado no pleito passado), bem como de pessoas que se destacaram no secretariado de Teotonio Vilela, a exemplo de Luiz Otávio Gomes (na atração de indústrias para Alagoas) e Marco Fireman (o homem que fomentou as obras do governo) e que podem se tornar numa grande surpresa eleitoral – mesmo em que o governo passe dificuldades em razão da deficiência em áreas chamadas prioritárias como segurança e saúde.
Em entrevista ao radialista Ildo Rafael, na manhã da sexta-feira, na rádio Jovem Pan, o governador Teotônio Vilela garantiu que só vai anunciar o nome do candidato ao governo que terá o seu apoio, “só depois de abril”. O senador Benedito de Lira que antecedeu ao governador em entrevista a Ildo Rafael, um dos pré-candidatos, permaneceu no estúdio, mas não ouviu nenhuma sinalização sobre receber o apoio de Teotonio.
O governador descreveu várias obras de sua gestão, como a maior e mais importante dos últimos 20 anos, o Canal do Sertão e destacou a centésima indústria que se instalou no seu governo. Comentou ainda sobre as recuperações das rodovias, destacando a duplicação de Maceió à Barra de São Miguel e a recuperação da rodovia que liga Barra São Miguel a Penedo.
Teotônio se disse satisfeito com o novo momento da segurança pública e que em 2018, poderá sentir saudades da política, sugerindo que pode se candidatar ao Senado, quando será disputado duas vagas.
Eis na íntegra o ping-pong entre Ildo Rafael e o governador Teotônio Vilela:
Ildo Rafael – Governador, o senador Benedito já disse que seu palanque será o palanque da Dilma e o senhor deverá preparar o palanque para Aécio Neves, isto implica na obrigatoriedade do PSDB ter palanque próprio?
Téo – Veja bem já repetimos isto na eleição de 2010. Eu apoiava Serra, o Biu a Dilma e tínhamos combinado de que cada um faria seu papel a nível nacional sem que houvesse prejuízo para a campanha local. Só por isso não haverá impedimento sobre alianças com partidos que estejam em nosso bloco.
Ildo – O nome que terá seu apoio em não sendo o Biu de Lira, será quem do PSDB?
Téo – Assim você joga uma casca de banana. Eu já disse que só defino este assunto depois de abril. Antes não trato sobre nomes, mas eu terei um candidato a apoiar.
Ildo – Dentre as indústrias que se instalaram no Estado, o Estaleiro que foi usado em 2010 como bandeira política, alguns políticos que se diziam pai da criança e onde se prometia empregos, será o mote desta campanha?
Téo– O Estaleiro vai gerar 12 mil empregos diretos e em junho os tratores já estarão dando inicio as obras, já que há dificuldades por parte do IBAMA, que concedeu uma licença provisória. Estamos trabalhando com a bancada federal para pegar a licença definitiva e acelerar as obras. Trata-se de um grande empreendimento que é ainda disputado por outros estados, mas que já está consolidado em Alagoas.
Ildo – A rodovia que liga Chã Preta a Pernambuco, quando ocorrerá sua conclusão?
Téo – As obras estão avançadas e queremos concluir ainda em nosso governo, para que assim se some a tantas outras rodovias que entregamos.
Ildo – Governador, o Senado nunca mais?
Téo – Em 2018 se eu sentir saudades, quem sabe. Se os alagoanos não tiverem esquecido de mim, talvez eu pense em retornar ao Senado.
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