Brasil
Jornalista brasileira quer exame de DNA para provar que Hitler morreu no Brasil
No livro “Hitler no Brasil – Sua Vida e Sua Morte”, fruto da dissertação de mestrado em jornalismo de Simoni Renée Guerreiro Dias, uma nova versão para a morte do ditador é apresentada. A pesquisadora defende que o nazista teria forjado o próprio suicídio para escapar da invasão soviética a Berlim em 1945, após a execução de milhares de judeus, e que teria fugido para a América do Sul, onde acabaria vivendo e morrendo na cidade de Nossa Senhora do Livramento, a 42 km de Cuiabá.
Para comprovar a tese, a pesquisadora pretende realizar um exame de DNA para comparar os restos mortais de um estrangeiro que morreu em território mato-grossense com um suposto parente de Hitler localizado, segundo Simoni, em Israel. Em entrevista ao G1, a própria mestranda contou que não acreditava na história. “Eu zombava, dava risada, dizia que era blefe”, comenta. A pesquisa começou a partir de boatos contados na região.
Simoni achou estranho que um idoso estrangeiro vivesse na década de 80 na cidade de Nossa Senhora do Livramento, hoje com pouco mais de 11 mil habitantes. Conhecido na pela vizinhança como “Alemão Velho”, Adolf Leipzig seria o nome adotado pelo nazista em território brasileiro, segundo a autora do estudo, que recolheu objetos, restos mortais e relatos sobre o homem.
No livro, ela apresenta a versão de que o Vaticano teria oferecido o mapa para localização de um tesouro jesuíta ao ditador. A fortuna estaria escondida desde o século XVIII em uma caverna em Nobres, cidade turística a 151 km de Cuiabá. Após procurar sem sucesso, o austríaco teria morrido na região.
Críticas
O trabalho, ainda em desenvolvimento, já recebeu críticas de acadêmicos como o professor de História Política e Contemporânea da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Cândido Moreira Rodrigues. Além da não existência de evidências de que Hitler tenha sobrevivido à invasão soviética, ele apontou a falta de rigor científico e de apuração historiográfica na tese.
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