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De volta à cidade / Lapinha
Quando se retorna à cidade/mãe, percebe-se a emoção redobrada, e, principalmente, o prazer de reencontrar novamente as raízes ancestrais escondidas no baú da memória. E, sobretudo, o saudosismo com cheiro de terra molhada.
É o que fez a médica, romancista, poetisa, Rosiane Rodrigues, artesã da palavra, membro efetivo da Associação Alagoana de Imprensa, reeditando o seu festejado livro – PIRANHAS RETRATO DE UMA CIDADE – e, por conseguinte, fez valer sua versatilidade literária.
Encomendou as orelhas da obra à jornalista Ivone dos Santos, intérprete da palavra, na seara de sua capacidade de definir as potencialidades da escritora.” Há anos Rosiane vem dando forma a um sonho – contar a história de sua amada Piranhas. Foram muitas as horas de entrevistas, gravações, degravações, pesquisas em documentação, encontros com os mais velhos, dentro e fora da família, recolhendo recordações – às vezes já esmaecidas – que contribuíssem para a montagem do painel factual/temporal.”
À GUISA DE APRESENTAÇÃO o consagrado historiador Douglas Apratto Tenório, vice-reitor do Centro Universitário CESMAC, definiu aquele bucólico município de forma amável e, acima de tudo, conhecedor profundo das belezas intrínsecas do ‘hinterland’ alagoano: “…Que todos me perdoem, mas ninguém supera a pequena e graciosa Piranhas. A cidade-lapinha engastada na pedra, com seus encantos mil, estórias, histórias, lendas de um povo acolhedor, festeiro e amigo, é para ficar no rol das melhores recordações da vida de um homem.”
A convite do dinâmico desembargador Washington Luís, visitei na administração da ex-prefeita de Piranhas, Mellina Torres Freitas, Desfrutei da hospitalidade das excelentes pousadas e, acima de tudo, da fidalguia do anfitrião. Diga-se, de passagem, fez e continua fazendo profícuo trabalho em prol da cidade que lhe viu nascer.
Rosiane Rodrigues ampliou o campo dos textos, fez novos registros, contemplou outras fontes de informações e, sem favor nenhum, ornamentou com sua privilegiada memória as cercanias da bela Piranhas que encanta a todos que a visitam.
Vê-se em policromia o Portal da cidade de Piranhas em festas de fim de ano, cartão-postal de quem chega à cidade/Lapinha para conhecer in loco a beleza natural que Deus ofertou à sua população. O Palácio Dom Pedro II ( sede da prefeitura municipal a partir de março/2013), a Igreja Nossa Senhora da Saúde, o Museu do Sertão Marília Rodrigues Cavalcanti ( genitora da autora ), Escadaria de acesso à Igreja do Senhor do Bomfim, Escadaria de acesso ao Mirante Secular que proporciona nativos/visitantes a vista panorâmica da cidade como um todo.
Sentimentalíssima, a escritora reviveu a música de Altemar Dutra que lhe rendeu a rodovia com seu nome.E, por isso, fez reviver o romantismo do cancioneiro popular moderno que deixou marcas indeléveis.
Por tudo isso que você fez na novel versão de seu livro, minha amiga Rosiane Rodrigues, merece encômios pela perfeição de sua obra. E, pelo entendimento do escriba, valeu seu empenho de preservar a memória de sua bela cidade.
“ Piranhas, com amor…/ Escrevo esta canção para você/ Terrinha, no Sertão/De gente hospitaleira pra valer.” Que o Hino de sua autoria continue a levar alegria à sua gente. Parabéns!
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