Política
Collor destaca importância da Petrobrás no desenvolvimento econômico brasileiro
A criação da Petrobras, em 1953, no período democrático do governo Getulio Vargas, foi um grande marco na consolidação da política industrial brasileira, com resultados que até hoje se projetam no cenário mundial e refletem na economia do país. O destaque foi feito pelo senador Fernando Collor (PTB-AL), durante a sessão solene comemorativa aos 60 anos de fundação da empresa Petróleo do Brasil S.A., no Congresso Nacional, na manhã desta segunda-feira.
Ele também fez referência à inovação tecnológica da Petrobras e ao impulso que ela deu à economia brasileira, desde a sua criação, elevando o Produto Interno Bruto (PIB) em cerca de 7% já nos primeiros anos. Hoje, a empresa representa mais de 11% do PIB nacional e continua crescendo. Collor citou como exemplo a Bacia de Santos, que, com 17 poços na camada de sal, acrescentou mais de 300 mil barris diários à produção nacional de petróleo.
Para o senador alagoano, o maior desafio da Petrobras é conseguir, nos próximos 7 anos duplicar a sua produção diária de petróleo, de dois milhões para mais de 4 milhões de barris. “A projeção é de aumentar 110% até 2020. Isso é fantástico, porque a estimativa mundial para o período é de 10%”, disse ele.
Falando em nome da liderança do PTB, Collor destacou a ousadia que teve o então presidente Getulio Vargas em criar Petrobras, dentro de um ambiente favorável estabelecido pelo próprio governo. E falou que essa era a marca de um governo que até hoje inspira os trabalhistas, e que, com a mesma ousadia, estabeleceu em lei, já naquela época, um conjunto de direitos trabalhistas até hoje avançados, defendidos pelo primeiro ministro do Trabalho do Brasil, Lindolfo Collor (seu avô).
Segundo Collor, a era Vargas foi de inovação, marcando um novo tempo nas relações entre o capital e o trabalho; na formação de cadeias produtivas e no controle da produção nacional do petróleo, a partir da criação da Petrobras, uma empresa genuinamente brasileira, que tem uma história de sucesso. “A Petrobras é um patrimônio nacional a ser preservado”, disse o senador.
Ele destacou ainda o incentivo que a estatal dá à cultura e às artes nacionais e sua responsabilidade sócio-ambiental, com um centro de pesquisas que é o maior da América Latina nessa área, e o incentivo a projetos de preservação ambiental.
A sessão, realizada em conjunto entre o Senado e a Câmara Federal, teve início às 11h e contou com a presença de dois ministros de Estado – Edison Lobão, das Minas e Energia (que representou a presidenta Dilma), e Luiza Helena de Bairros, da Promoção da Igualdade Racial, Luiza Helena Bairros. Além da diretora da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Magda Chambriard, da presidenta da Petrobras, Graça Foster e de trabalhadores da estatal.
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