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Percentual de etanol na gasolina pode voltar a 25%, diz Lobão
09/07/2012
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou nesta segunda-feira (9) que o governo poderá aumentar o percentual do álcool anidro na gasolina de 20% para 25% assim que a produção nacional de etanol superar os patamares atuais.
"Reduzimos para 20% em razão da contintência do ano passado e estamos mantendo a 20%, mas a qualquer momento podemos voltar a 25%. Estamos examinando a possibilidade de aumentar para 25% na medida em que a produção justificar isso. Se a produção do etanol continuar nas condições em que está hoje vamos manter em 20%. Se a produção melhorar, elevaremos para 25% que é o nosso propósito", afirmou o ministro, sem dar prazo.
O ministro, que participou da cerimônia de entrega do navio Sérgio Buarque de Holanda à Transpetro, no Estaleiro Mauá, em Niterói (RJ), disse ainda que que somente haverá leilão em áreas do pré-sal após a aprovação da lei dos royalties.
Em outubro de 2011, o governo decidiu reduzir a mistura de álcool na gasolina de 25% para 20% por tempo indeterminado.
Na ocasião, Lobão afirmou que tratava-se de uma "medida de precaução" do governo contra o risco de desabastecimento de etanol no mercado brasileiro e o aumento do preço do produto para o consumidor. Devido à mistura, o aumento do preço do etanol também estava impactando no preço da gasolina.
Com a medida, a Petrobras passou a ter de importar mais gasolina do exterior para garantir o consumo nacional. A volta do patamar de 25% de álcool anidro beneficiaria a estatal, na medida em que a companhia passaria a ter de comprar menos combustível no exterior para abastecer o mercado doméstico.
Procurada pela reportagem, a Petrobras não comentou o assunto.
A estatal vem defendendo uma maior paridade do preço do combustível em relação aos preços internacionais. Com os preços dos combustíveis nas refinarias defasados, a Petrobras tem prejuízo na importação, já que compra gasolina cara para vender mais barato no mercado nacional.
No dia 22 de junho, a Petrobras anunciou um reajuste do preço dos combustíveis cobrados nas refinarias. O preço da gasolina aumentou 7,83%, e o do diesel, 3,94%. O Ministério da Fazenda, no entanto, anunciou, entretanto, a isenção da cobrança da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE), de forma a evitar a alta no preço final pago pelos consumidores nas bombas.
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