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Fumar e beber têm ‘pouco efeito’ sobre fertilidade masculina, diz estudo
Mudanças no estilo de vida como parar de fumar e beber ou mesmo dietascontra obesidade teriam pouco efeito no combate à infertilidademasculina, de acordo com pesquisadores no Reino Unido.
Segundo um estudo feito por pesquisadores das Universidades de Sheffield e Manchester e publicado na revista Human Reproduction, tabagismo, alcoolismo e obesidade não afetam a qualidade do sêmen.
No entanto, os pesquisadores advertiram que evitá-los ainda é uma medida "de boa saúde". O estudo comparou os estilos de vida de 939 homens com baixo número deespermatozoides em seu sêmen com os de 1.310 homens com um númeronormal.
A pesquisa mostrou que há pouca diferença no número de espermatozoidesmóveis entre os pacientes que nunca fumaram e aqueles que tinham ohábito de consumir 20 cigarros ao dia.
Há "pouca evidência" de que o uso recreativo de drogas, um elevadoíndice de massa corpórea ou consumo excessivo de álcool tenha afetado aqualidade do esperma.
O doutor Andrew Povey, da Universidade de Manchester, disse queescolhas de estilo de vida eram extremamente importantes para a saúdeem geral, mas "provavelmente têm pouco influência" sobre a fertilidademasculina.
Ele disse: "Isto potencialmente derruba boa parte do aconselhamentoatual dado aos homens sobre como melhorar a fertilidade e sugere quemuitos riscos comuns de vida podem não ser tão importantes quanto sepensava."
Estilo de vida
"Atrasar o tratamento de fertilidade, para que possa haver alteraçõesem seus estilos de vida, é uma medida que não está apoiada emevidências para melhorar as chances de uma concepção e, de fato, podeser prejudicial a casais com pouco tempo a perder."
O doutor Allan Pacey, da Universidade de Sheffield, disse: "Apesar denossos resultados, é importante que os homens continuem a seguir osconselhos de boa saúde e cuidar do peso, parar de fumar e beber álcooldentro de limites razoáveis. Mas não há necessidade de que eles setornem monges só porque querem ser pais."
Existem outras medidas de fertilidade, tais como o tamanho e a forma doesperma ou a qualidade do DNA dos espermatozoides, que não foramconsiderados no estudo.
O Instituto Nacional de Saúde e Excelência Clínica da Grã-Bretanha estárevendo os resultados do estudo e somente no final do ano deve anunciarse muda ou não suas diretrizes para os médicos que tratam defertilidade.
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