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Toninho Lins é afastado da Prefeitura de Rio Largo pelo Ministério Público Eleitoral

11/06/2012

O juiz Ayrton de Luna Tenório, titular da Comarca de Rio Largo, afastou o prefeito de Rio Largo, Antonio Lins Souza Filho, o “Toninho Lins”, eo presidente da Câmara Municipal, Luiz Phellipe Malta Buyers , o “Lula Leão”, atendendo pedido em uma ação por improbidade administrativa do Ministério Público Estadual. Eles são acusados de participarem de um grupo criminoso que adquiriu e depois vendeu, em nome e com recursos do município, uma área de 252,4 hectares por R$ 700 mil. 
No entanto, aavaliação da área ultrapassa os R$ 21,4 milhões, segundo dados daprópria Prefeitura de Rio Largo. No local passou a ser construído um loteamento particular. Toninho Lins está preso, desde o dia 22 de maio,enquanto Lula Leão segue foragido da Justiça. O juiz Ayrton Tenório autorizou a posse da vice-prefeita, Fátima Correia.
Na semana passada, o magistrado já tinha suspendido as obras no terreno. Inicialmente a área serviria para construção de um conjunto residencial para população de baixa renda do município, o prefeito desapropriou as terras da Usina Utinga Leão, que sequer questionou os valores abaixo do mercado pelos quais a área estava sendo entregue ao município de Rio Largo. Toninho Lins então solicitou aos vereadores a alienação da área para “empresas que estivessem dispostas a realizar programas e ações habitacionais de interesse social” em Rio Largo. Com isso, a MSL foi escolhida, sem licitação, para adquirir o terreno, pagando o mesmo valor gasto na indenização feita pela Prefeitura.
Após a investigação do MPE, o prefeito, os vereadores e os empresários envolvidos no esquema foram alvos de uma operação conduzida pelo Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc). O prefeito e a maior parte dos vereadores e empresários estão presos. Se condenados pelos atos de improbidade, eles podem perder a função pública, ter a suspensão dos direitos políticos por cinco anos, pagamento de multa, devolução dos recursos desviados e proibição de contratação com o poder público por três anos.