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Vice-presidente da Câmara de Traipu assume prefeitura

28/05/2012

 O vice-presidente da Câmara de Traipu, vereador Marcos André Silva Melo (PTB), assumiu na manhã desta segunda-feira (28) a prefeitura da cidade. Ele tomou posse após o afastamento da prefeita Julliany Machado, pelo período de 180 dias, atendendo ao pedido do Ministério Público Estadual (MPE) do juiz substituto da comarca, Maurício Brêda. Ela é acusada de continuar a praticar os atos de improbidade praticados por seu antecessor e também sogro, Marcos Santos.

De acordo com o promotor Flávio Gomes, responsável pelas investigações dos atos de improbidade administrativa na cidade, o vereador assume o Executivo Municipal após ser intimado pela Justiça, mas antes teve que cumprir um mandado de segurança para retomar à vice-presidência da Câmara Municipal.

Ele foi destituído do cargo durante sessão ocorrida no dia 30 de março.

Marcos André assumiu a prefeitura porque a presidente da Câmara, Conceição Tavares, também está afastada do cargo pelo período de 180 dias. De acordo com Flávio Gomes, a liminar que determinou o afastamento de Julliany Machado poderá ser prorrogado.

AS CONTAS

As contas do município de Traipu voltarão a ser investigadas. Desta vez uma auditoria será convocada pelo atual prefeito Marcos André Silva Melo (PTB), vice-presidente da Câmara, empossado na manhã desta segunda (28). A auditoria é uma das primeiras medidas tomadas pelo prefeito.

Marcos André disse que sua equipe não encontrou documentos na prefeitura. “Não encontramos documentos de contratos, convênio, folha de pagamento, nada. Vamos contratar uma auditoria e entregar tudo ao Ministério Público. A situação é grave”, revelou.

Marcos André é o segundo gestor que assume a prefeitura de Traipu, após a prisão do prefeito Marcos Santos, preso durante a operação Tabanga, que investigou desvio de verbas federais no município.

O CASO

Segundo o MPE, o ex-prefeito Marcos Santos fraudou a folha de pagamento do município quando exercia seu mandato, efetuando pagamento de servidores que não faziam parte da relação dos funcionários públicos da casa, entre outras acusações.

As novas acusações denunciam o resultado de uma análise de arquivos digitais de folhas de pagamento do período entre 1º de abril de 2011 e 31 de janeiro de 2012, pastas de contratos temporários firmados em 2011 e documentação fornecida pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal), cópias de cheques, ofícios expedidos, além de depoimentos de servidores contratados, prestados à equipe da auditoria.

Na última sexta-feira (25), a Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic) cumpriu 16 mandados de busca e apreensão de documentos públicos em Traipu. O juiz Maurício Brêda, também pediu que o afastamento de Marcos Santos fosse renovado por mais 180 dias.