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Professores da Ufal entram em greve à partir de quinta-feira

15/05/2012

        Em assembleia na manhã de hoje (15), os professores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) decidiram pelo indicativo de greve por tempo indeterminado e a paralisação já deve começar nesta quinta-feira (17).

 

Na reunião desta terça feira entre os membros da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal), os professores analisaram as deliberações dos representantes de universidades federais, realizada no sábado (12).

 

 

Com a participação de representantes de 42 instituições federais de ensino superior (Ifes), o Andes/SN apontou o indicativo de greve para a próxima quinta-feira (17). Na votação, foram 33 instituições favoráveis à greve e três abstenções.

 

Representada por seu vice-presidente, professor Marcio Gomes Barboza e seu tesoureiro-geral, Aílton Silva Galvão, a Adufal votou favorável à paralisação por tempo indeterminado. “Como cada entidade tem direito a apenas um voto, nós votamos de mãos dadas, como forma de demonstrar, simbolicamente, a posição de unidade da entidade”, disse o professor Aílton Galvão.

 

Segundo ele, foi feita uma análise de conjuntura, contemplando os recentes contatos do Sindicato Nacional com o Ministério da Educação onde se ponderou o fato de a deflagração da greve interferir no processo de negociação com o governo, no entanto, o que falou mais alto foi o entendimento que a greve é um instrumento que os trabalhadores têm para pressionar o governo.

 

Em sua opinião, as paralisações dos dias 19 e 25 de abril contribuíram para que o governo se adiantasse em assinar a Medida Provisória (MP). A MP porém, não é tida como uma vitória para o movimento, uma vez que inclui pontos  que não foram negociados com a categoria, como a questão da insalubridade que não contempla nem sequer o valor que vem sendo pago atualmente.

 

“O governo paga o acordo emergencial firmado em agosto de 2011 que deveria ter sido implantado no contracheque de abril, no entanto, diminui os valores da insalubridade, o que representa perdas em nossos vencimentos”, aponta o dirigente.

 

Segundo suas explicações, o governo propôs o acordo de agosto 2011 de forma emergencial para corrigir distorções que existem nos salários dos docentes, entretanto tal acordo não contempla os demais itens referentes à pauta de negociação, protocolada em julho daquele ano, tais como a garantia  de financiamento público para as instituições federais de ensino superior (Ifes), assegurando incrementos compatíveis para a expansão, com qualidade.

 

A carreira única para todos os docentes; a aposentadoria integral, de forma a assegurar a paridade entre ativos e aposentados; a contratação somente a partir de concurso público, pelo regime jurídico único e a garantia da gratuidade, integralidade e universalidade das ações dos hospitais universitários (HU’s) com adoção de medidas contra sua mercantilização e privatização são pontos que estavam na pauta e que não tiveram ainda resposta alguma do governo.