Alagoas realiza a 9ª edição do Dia Mundial do Lúpus na próxima quinta-feira, 10 de maio. A parceria entre o Grupo de Apoio às Pessoas com Lúpus (GAPLúpus) e a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) vai abranger rodas de conversa, distribuição de material educativo e prestação de serviços à comunidade. A ação acontece a partir das 9h, no Calçadão do Comércio – Centro de Maceió.

Pela primeira vez o Estado faz o evento num espaço aberto. Segundo Ernestino Veiga, gerente do Núcleo do Programa de Atenção à Saúde da Pessoa de Deficiência (GNAPD) da Sesau, a ideia sobre o novo formato da ação é alcançar um número maior de pessoas acerca da conscientização da doença e do tratamento.

De acordo com a presidente do GAPLúpus, Fátima Rosendo, é importante orientar as pessoas que o lúpus não é uma doença contagiosa: “É uma doença rara, não é hereditária e tem controle. Mas precisamos quebrar o preconceito sobre o contágio, e isso se dá com informação”. A presidente esclareceu ainda que o tratamento deve ser feito com reumatologista, e também dermatologista, no caso de lúpus discoide.

Durante a ação, a população vai contar com estrutura de tendas, que servirá de apoio para informações e a distribuição de folders educativos e do InfoLúpus – Boletim Informativo do GAPLúpus. No espaço também serão oferecidos diversos serviços para atender à população.

Um dos apoiadores do evento é a Diretoria de Assistência Farmacêutica, que estará presente na ação com técnicos que vão esclarecer a população sobre os medicamentos estratégicos para portadores de lúpus, os quais estão disponíveis no Componente Especializado da Assistência Farmacêutica.

Na programação, às 14h, acontece uma roda de conversa sobre lúpus com as psicólogas Roseane Lisboa da Silva, Nádia Regina Loureiro de Barros Lima e Theny Mary Fireman. Também no Dia Mundial do Lúpus, o reumatologista Georges Basile Christopoulos, coordenador do GAPLúpus, vai prestar esclarecimentos sobre a doença e forma de tratamento.

Doença rara – Lúpus é uma doença autoimune rara (em que o próprio sistema imunológico causa danos ao organismo) que atinge 1 a cada 194 pessoas, o que representa 0,51%. É mais frequente nas mulheres do que nos homens, provocada por um desequilíbrio do sistema imunológico, exatamente aquele que deveria defender o organismo das agressões externas causadas por vírus, bactérias ou outros agentes patológicos.

É dividido em três tipos: o Lúpus discoide, que é sempre limitado à pele e identificado por lesões cutâneas que aparecem na face (60%) ou outras áreas expostas à luz solar (40); o Lúpus sistêmico, que pode afetar quase todos os órgãos e sistemas; e o Lúpus induzido por drogas, que ocorre como consequência do uso de certas drogas ou medicamentos, inclusive os próprios medicamentos para lúpus.

A doença exige tratamento cuidadoso por médicos especialistas. Pessoas tratadas adequadamente têm condições de levar vida normal. As que não se tratam, acabam tendo complicações sérias, às vezes, levar à morte.

GAPLúpus – Fundado em 2002, o Grupo de Apoio às Pessoas com Lúpus se reúne na primeira quinta-feira do mês, às 14h, na Sociedade Alagoana de Medicina, Centro de Maceió.