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Pesquisa busca identificar feromônios para controle natural de praga em cajueiro
A praga da mosca branca em cajueiros é objeto de pesquisa da bióloga e mestre Danniele de Lima, aluna do doutorado em Química e Biotecnologia da Universidade Federal de Alagoas. No último verão, a praga teve repercussão nos meios de comunicação locais por apresentar alta infestação em municípios do litoral norte alagoano, prejudicando economicamente produtores dessa cultura no Estado.
O estudo científico iniciado em 2001 objetiva desenvolver método alternativo sem o uso de agrotóxicos, utilizando feromônios para o controle natural da praga. De acordo com a pesquisadora, não se sabe o que causa a praga com maior incidência em períodos mais secos e que após período chuvoso pode desaparecer ou viver em equilíbrio com a planta. No Brasil a mosca branca, cientificamente denominada de Aleurodicus cocois, está disseminada nos Estados de Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Piauí, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte.
A mosca branca não é um inseto, e assim é vulgarmente conhecida por se assemelhar ao inseto mosca, que é da ordem díptera. Ela pertence à ordem hemíptera, a mesma dos percevejos, e além do cajueiro acomete outras culturas como abacateiro, cacaueiro, capianga, coqueiro-do-brasil, goiabeira, oitizeiro, seringueira, beribá e graviola, mas há também outras espécies de mosca branca como a Bemisia tabaci causadora de pragas em culturas como tomateiro, couve, soja e repolho, acrescenta Danniele.
Ecologia Química da Mosca Branca em Cajueiro é o tema do estudo em desenvolvimento no Laboratório de Pesquisa em Recursos Naturais do Núcleo de Pesquisas Tecnológicas (NPT). Sob a orientação do professor Euzébio Goulart de S’Antana, está na fase de coletas de voláteis (compostos orgânicos) da planta e do inseto e de análises dos dados, com a finalidade de verificar o que atrai a mosca branca ao seu hospedeiro, que é o cajueiro.
Para o estudo em laboratório a pesquisa dispõe do equipamento cromatógrafo gasoso acoplado no espectômetro de massa. As amostras coletadas são injetadas nesse equipamento para a identificação dos voláteis presentes na comunicação química entre inseto e planta e ainda entre inseto e inseto. A próxima etapa é a realização de bioensaios para entender o tipo de semioquímicos (feromônios) envolvidos nessa comunicação. Se a comunicação for interrompida consegue-se então o controle da praga, frisa Danielle Lima.
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