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Presidio de Arapiraca: Um lugar com sua própria Política
Os tiros atingiram o prédio da Universidade e provocou tumulto e correria por parte de alunos que mais uma vez ficaram apavorados. Os bandidos que estavam de carro fugiram, sendo que ainda na ação, dois deles tomaram uma Van de transporte alternativo, que transporta professores.
A insegurança e o medo tomam conta dos funcionários, alunos e de todos que frequentam o Campus da UFAL Arapiraca. No dia seguinte as fugas, 03 de abril, os alunos saíram em passeata da Ufal ao centro de Arapiraca, como ato de protesto e reivindicando ação por parte do governo do estado.
Foi discutida na assembleia geral da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal), realizada na última quarta-feira, 04 de abril, a paralização por parte dos professores, alunos e funcionários da Ufal Arapiraca. Os profissionais irão manter a paralisação, por tempo indeterminado, até que a Reitoria tome medidas para sanar os problemas com a segurança no campus.
Essa não foi a primeira vez que estudantes e funcionários da Ufal sofreram com a falta de segurança e as ameaças constantes vindas do Presidio. E com o caos que se instaurou entre a Segurança Pública e a Educação a solução mais rápida e emergencial vista pelos alunos seria a transferência do sistema prisional para uma área distante da Universidade. Mas, o Corregedor Geral de Justiça, desembargador James Magalhães, descartou em entrevista à imprensa a possibilidade dos reeducandos do presídio Desembargador Luiz de Oliveira Souza, em Arapiraca, serem transferidos para o Baldomero Cavalcante, em Maceió.
No final do ano passado a deputada federal Célia Rocha-PTB/AL já encabeçava a luta por melhorias na segurança e a possível transferência do presidio. Em reunião com a diretoria Acadêmica da UFAL Arapiraca, com o promotor de Justiça Dr. Saulo Ventura; Susana Cordeiro – do Conselho de Segurança; Juciele – Engenheira da Secretaria de Planejamento da Prefeitura de Arapiraca; Eliane Cavalcante – Diretora Acadêmica da UFAL Arapiraca, Márcio Santos – Diretor Geral do Campus da UFAL Arapiraca; professores e alunos da Universidade discutiam a transferência para outra localidade.
A deputada Célia Rocha-PTB/AL se propôs a lutar em defesa da transferência do presídio para outro local. Para tanto, imediatamente, se reuniu com o governador Teotônio Vilela e com o Cel. Dário César para reivindicar ações emergenciais, e conter as fugas. Os mesmos se prontificaram em construir um muro de proteção o mais breve possível, para tentar minimizar os acontecimentos, até que sejam acordadas as solicitações. A reunião aconteceu em Setembro do ano passado e, atualmente, o muro ainda não foi levantado.
Já não tão distante, no calor do momento, em sua pagina na internet, o prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa, se mostrou a favor de movimentos mais atuantes e ativos por parte da população. Além de apoiar ele se colocou a disposição para junto, pelas ruas, também seguir e levantar a bandeira contra a falta de ação do governo do Estado.
..Temos que ir pra rua, lutar contra um governo incapaz de garantir a segurança do cidadão. Esse Governo do Estado que ignora a realidade disse Prefeito.
Mas, parece que nem mesmo as mais fortes frentes politicas da região do agreste somam forças para essa novela chamada Presidio de Arapiraca. Mesmo em um ano, em que todas essas forças são multiplicadas em parcerias, alianças e favores, nada muda e nem acontece pelos lados da carceragem. Enquanto isso, funcionários, professores e estudantes da Ufal, aguardam novidades e o momento de sair para as suas atividades normais.
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