Internacional
Imagens revelam 2º 'herói' que tentou deter terroristas na Austrália e foi morto
Homem foi identificado como Boris Gurman, um mecânico aposentado de 69 anos
Imagens divulgadas pela imprensa australiana e repercutidas pelos principais veículos internacionais revelaram nesta terça-feira (16) que um segundo pedestre tentou impedir os terroristas responsáveis pelo massacre na praia de Bondi, em Sydney, antes do início do ataque.
O homem confrontou um dos agressores, chegou a desarmá-lo durante uma luta, mas acabou morto a tiros.
As imagens, captadas por uma câmera veicular, parecem mostrar um homem vestindo uma camiseta roxa lutando com um dos suspeitos, identificado como Said Akram, próximo a um carro estacionado perto da passarela.
Durante o confronto, ambos caem no chão, e o pedestre parece conseguir tomar o controle da arma.
Ao se levantar, ele é visto segurando o rifle e gesticulando em direção ao agressor, aparentemente tentando mantê-lo afastado.
Em outro trecho das imagens, uma bandeira que parece ser do Estado Islâmico é visível no para-brisa de um carro prata estacionado no local.
O veículo que registrou a cena pertence a uma mulher identificada pela 7News apenas como "Jenny". Ela relatou ter ouvido três estrondos altos, semelhantes a fogos de artifício, antes de ver "um carro com as portas abertas e dois homens rolando no chão em luta".
Em seguida, ela disse ter visto um jovem vestido de preto, com barba espessa, segurando um rifle longo e puxando o gatilho repetidamente, a poucos metros de distância. Jenny fugiu do local com seus dois filhos.
Mais tarde, ao assistir a imagens de câmeras de segurança, ela reconheceu o homem da camiseta roxa e sua companheira deitados no chão, abraçados.
"Aquela cena realmente me deixou sem palavras e em lágrimas", escreveu. "O idoso, em vez de fugir, avançou em direção ao perigo, lutou desesperadamente para tomar a arma e o confrontou ferozmente. Um herói civil como ele não deve ser esquecido." Em outro vídeo, Akram aparece atirando na direção do casal antes de seguir para a passarela, onde o ataque prosseguiu.
O pedestre que enfrentou um dos terroristas foi identificado como Boris Gurman, de 69 anos. Sua esposa, Sofia Gurman, de 61, também interveio e morreu ao lado dele. De acordo com o Sydney Morning Herald, eles foram os primeiros das 15 vítimas do ataque.
Judeus e moradores de Bondi, Boris e Sofia estavam prestes a comemorar 35 anos de casamento em janeiro. Em comunicado divulgado pela família à BBC, os parentes afirmaram que o casal agiu para proteger outras pessoas antes de ser baleado.
Acredita-se que Said Akram tenha conseguido pegar outra arma de fogo, usada para matar Boris e Sofia, que trabalhava nos Correios da Austrália.
"Embora nada possa aliviar a dor de perder Boris e Sofia, sentimos imenso orgulho de sua coragem e altruísmo", declarou a família. "Eles agiram instintivamente para ajudar os outros."
Uma testemunha ouvida pela Reuters afirmou que Gurman "não correu, mas se lançou diretamente no perigo, usando toda a sua força para tentar tomar a arma e lutar até a morte". Outra pessoa disse à 9News: "Ele foi um herói. Ele tentou. Todos precisam saber o que ele fez, porque foi logo no início, quando as balas já estavam voando".
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