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Documentos do caso Epstein citam o Brasil e geram críticas sobre transparência
Arquivos divulgados pelo Departamento de Justiça dos EUA mencionam o Brasil e levantam questionamentos sobre ocultação de informações e sumiço de documentos relacionados ao caso Epstein.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos divulgou, na última sexta-feira, documentos relacionados à investigação do caso Jeffrey Epstein, trazendo uma série de referências ao Brasil.
Epstein, financista ligado à elite nova-iorquina, foi condenado em 2008 por aliciar menores para prostituição. Ele foi encontrado enforcado em sua cela em 2019, antes do início de um novo julgamento por crimes sexuais. Sua morte alimentou teorias da conspiração sobre um possível assassinato para proteger figuras influentes.
Entre os arquivos recentemente liberados — muitos deles com informações ocultadas —, há um bilhete que menciona o Brasil. O texto faz referência a uma foto de uma mulher, indicando que ela não tinha conhecimento da imagem. O documento relata que a jovem tinha 17 anos quando foi ao Brasil e 20 ao retornar a Nova York, em 2005, sem revelar seu nome.
Outro documento reúne diversas fotos, mas a maior parte das imagens identificadas como "Brasil" está censurada por tarjas.
Vítima brasileira critica falta de transparência
No sábado (20), a brasileira Marina Lacerda, uma das vítimas de Epstein, concedeu entrevista à Sky News. Marina criticou a divulgação parcial dos documentos e questionou a transparência do governo dos EUA, classificando a medida como "um tapa na cara" das vítimas.
"Estávamos todos animados ontem, antes da divulgação dos arquivos", relatou Marina. "E quando eles saíram, ficamos em choque e vimos que não havia nada de transparente ali. É muito triste, é muito decepcionante."
O primeiro contato de Marina com Epstein ocorreu quando ela tinha 14 anos — atualmente, ela tem 37. Em 2018, Marina forneceu informações cruciais ao FBI, sendo identificada no processo como "vítima menor número 1" para preservar sua identidade.
Documentos desaparecem
Neste domingo (21), segundo a Associated Press, pelo menos 16 arquivos sumiram da página pública do Departamento de Justiça dos EUA dedicada ao caso Epstein — incluindo uma fotografia do então presidente Donald Trump — menos de um dia após terem sido publicados, sem explicação ou aviso ao público. O desaparecimento das imagens alimenta suspeitas de que a Casa Branca estaria tentando ocultar informações do caso.
Além de Trump, o ex-presidente Bill Clinton também aparece em fotos. Em uma delas, Clinton está em uma piscina com outras mulheres. Entre o material divulgado, há registros de outras personalidades conhecidas, como Mick Jagger, líder dos Rolling Stones, e Michael Jackson, ambos fotografados ao lado de Epstein.
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