Geral
FecomercioSP projeta crescimento modesto do atacado e serviços em 2025
Entidade prevê avanço de 0,4% no atacado e 3% nos serviços, com recuperação dependente de juros e renda das famílias.
O comércio atacadista e o setor de serviços do Estado de São Paulo devem encerrar 2025 com crescimentos de 0,4% e 3%, respectivamente, segundo estimativa da FecomercioSP. O cenário reflete perda de ritmo, influenciado por juros elevados, crédito restrito, maior endividamento das famílias e desaceleração do consumo.
De acordo com a entidade, ambos os setores foram sustentados neste ano pelo mercado de trabalho aquecido e por segmentos ligados ao consumo essencial, logística e tecnologia.
Para 2026, a FecomercioSP projeta um ambiente um pouco mais favorável, impulsionado pela tendência de redução gradual da taxa de juros e inflação mais controlada.
"O próximo ano pode trazer oportunidades, mas a recuperação não será automática. Ela dependerá do comportamento dos juros, do crédito e da renda das famílias", avalia Ronaldo Taboada, presidente do Conselho do Comércio Atacadista da FecomercioSP.
Marcelo Braga, presidente do conselho de serviços, destaca que, caso haja espaço para uma queda mais consistente dos juros, o setor tem potencial para manter o ritmo de expansão, apoiado pelo mercado de trabalho e pela transformação digital.
A FecomercioSP faz um alerta para o aumento da inadimplência das famílias, que passou de 8,1% em março para 9,2% em novembro na capital paulista. Esse cenário pode limitar o consumo e impactar diretamente tanto o atacado quanto os serviços voltados para as famílias.
Serviços
No setor de serviços, os principais motores de crescimento em 2025 foram as atividades de transportes, logística e correio, com expansão de 6,1%, impulsionadas pelo transporte rodoviário de cargas e pelo comércio eletrônico.
Em seguida, o segmento de informação e comunicação avançou 4,9%, beneficiado pela digitalização e pela demanda por soluções tecnológicas. Por outro lado, os serviços prestados às famílias apresentaram desempenho mais fraco, impactados pelos juros altos e pelo maior comprometimento da renda.
"O setor de serviços segue resiliente e em nível elevado de atividade, mas já dá sinais claros de moderação. O crescimento continua, porém com menor intensidade, exigindo cautela e planejamento", ressalta Braga.
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