A Confederação Nacional da Indústria (CNI) manifestou frustração e preocupação com o adiamento da assinatura do acordo entre Mercosul e União Europeia, prevista para o sábado, 20, durante a cúpula dos chefes de Estado do bloco sul-americano.

Diante da falta de consenso entre os países europeus, que atrasou a conclusão do acordo, a CNI ressalta que as negociações em andamento com países como Canadá e México, além do lançamento de tratativas com parceiros da América Central e do Reino Unido, tornam-se ainda mais relevantes para a indústria brasileira.

A entidade enfatiza que o texto negociado entre Mercosul e União Europeia traz benefícios mútuos e respeita o equilíbrio entre interesses econômicos, sociais e ambientais. Para a CNI, apesar do adiamento, existe uma base sólida e espaço para o diálogo, permitindo que o processo possa ser concluído até o início do próximo ano.

"Para a indústria brasileira, a entrada em vigor do acordo representa uma oportunidade de ampliar a inserção internacional do País, atrair investimentos, estimular ganhos de produtividade e fortalecer a competitividade", afirma a CNI em nota.

O presidente da entidade, Ricardo Alban, acrescenta: "Adiar a assinatura do acordo neste momento é motivo de frustração, especialmente diante do longo histórico de negociações, mas esperamos que o empenho em firmar essa parceria seja mantido para que o processo seja concluído o quanto antes, em benefício de uma integração econômica do Mercosul com a União Europeia".