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Ouro fecha em alta com Fed no radar e tensões geopolíticas; prata acumula salto de 9% na semana
Metais preciosos sobem com expectativas de corte de juros nos EUA e busca por proteção diante de riscos globais.
O ouro encerrou a sexta-feira, 19, em alta, impulsionado por um cenário internacional favorável aos metais preciosos. Dados de inflação abaixo do esperado nos Estados Unidos reforçaram as apostas em uma flexibilização monetária à frente, enquanto a busca por proteção continuou elevada diante das incertezas macroeconômicas e geopolíticas. A prata também registrou mais uma sessão de forte valorização.
Na Comex, divisão de metais da bolsa de Nova York (Nymex), o ouro para fevereiro subiu 0,52%, fechando a US$ 4.387,30 por onça-troy. Já a prata para março avançou 3,48%, alcançando US$ 67,489 por onça-troy. Na semana, os metais acumularam altas de 1,36% e 8,84%, respectivamente.
O resultado mais fraco do CPI norte-americano divulgado na quinta-feira fortaleceu a percepção de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) poderá cortar juros nos próximos meses, cenário que tende a favorecer o ouro, segundo o ANZ.
De acordo com o banco, investidores já atribuem probabilidade significativa a uma redução de juros no início de 2026, com cortes praticamente precificados para o segundo trimestre. Esse cenário beneficia ativos sem rendimento, como o ouro. O ANZ também ressalta que o aumento das tensões geopolíticas "aparenta ter reforçado o apelo do ouro", mantendo o metal bem sustentado mesmo em períodos de dólar mais valorizado.
Para a XTB MENA, o mercado permanece apoiado por uma demanda consistente. Compras contínuas de bancos centrais seguem sustentando os preços, enquanto as tensões geopolíticas continuam sendo um importante fator de suporte. A instituição pondera, no entanto, que os dados do CPI devem ser analisados com cautela devido a distorções provocadas pelo prolongado shutdown do governo norte-americano.
Segundo a Capital Economics, as compras recorrentes de bancos centrais ao longo de 2025 ajudaram a sustentar o ouro, mas a consultoria alerta que os preços já superaram níveis fundamentados. Apesar de um piso garantido pela demanda oficial, a previsão é de que ouro e prata possam enfrentar correções em 2026, em contraste com expectativas mais otimistas do mercado.
Com informações da Dow Jones Newswires
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