A produção média dos contratos em regime de partilha de produção ultrapassou, pela primeira vez, a marca de 1,5 milhão de barris por dia em outubro, segundo dados divulgados pela Pré-Sal Petróleo (PPSA). O volume de 1,54 milhão de barris diários representa um avanço de 8% em relação a setembro.

O campo de Búzios segue liderando, com 653,67 mil barris diários, enquanto Mero registrou 629,53 mil barris. Juntos, os dois campos são responsáveis por 83% de todo o petróleo extraído sob esse modelo contratual.

No regime de partilha das áreas do pré-sal e de outras consideradas estratégicas, a União permanece como proprietária do petróleo extraído. A empresa contratada recebe parte da produção para cobrir seus custos (custo em óleo), enquanto o excedente, chamado óleo-lucro, é dividido entre a União e a contratada.

Para a União, outubro marcou um novo recorde: 181 mil barris de petróleo por dia provenientes de nove contratos e dos Acordos de Individualização de Produção (AIP) de Atapu, Mero, Tupi e Jubarte.

O novo patamar confirma a tendência de crescimento prevista para o pré-sal. Estudos da PPSA apontam que, a partir de 2028, a partilha deverá fornecer cerca de dois milhões de barris por dia, o que representará mais de 40% da produção nacional, com pico esperado para 2030 nos contratos já vigentes. Desde 2017, o regime já acumulou 1,43 bilhão de barris, dos quais 103,69 milhões pertencem à União.

Em outubro, a exportação de gás natural dos contratos de partilha atingiu 6,64 milhões de metros cúbicos diários, alta de 3% impulsionada pelo retorno da plataforma P-75, no campo de Búzios. O próprio Búzios respondeu por 5,19 milhões de metros cúbicos, equivalente a 78% do total exportado.

Gás natural

A parcela de gás natural destinada à União foi de 533 mil metros cúbicos por dia, um volume levemente inferior ao de setembro, mas suficiente para consolidar a tendência de crescimento dos recursos públicos provenientes do pré-sal.

A exportação de gás natural foi de 177 mil metros cúbicos por dia, aumento de cerca de 22% em relação ao mês anterior, impulsionado pela maior exportação do AIP de Tupi.

A PPSA é uma empresa pública responsável por gerenciar os contratos de partilha de produção de petróleo e gás natural do pré-sal, atuando como agente da União.