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Bolsas europeias avançam após decisões de juros e incertezas na França
Principais índices fecharam em alta, enquanto investidores acompanham cenário político francês e repercussão de resultados corporativos.
As bolsas da Europa encerraram o pregão desta sexta-feira, 19, em alta, refletindo a digestão das recentes decisões de juros do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE), além das incertezas orçamentárias na França. O mercado também acompanhou atentamente declarações de autoridades europeias sobre o ambiente de incertezas, marcadas por tensões geopolíticas e questões tarifárias.
O índice FTSE 100, de Londres, subiu 0,61%, aos 9.897,42 pontos. Em Frankfurt, o DAX avançou 0,40%, a 24.295,95 pontos. O CAC 40, de Paris, teve leve alta de 0,01%, a 8.151,38 pontos. Em Milão, o FTSE MIB registrou ganho de 0,66%, a 44.757,55 pontos. O Ibex 35, de Madri, subiu 0,39%, a 17.199,40 pontos. Já em Lisboa, o PSI 20 valorizou 1,03%, a 8.211,61 pontos. Os números são preliminares.
Após a decisão do BCE de manter os juros, Olli Rehn, presidente do Banco Central da Finlândia, destacou que, apesar de surpresas positivas no crescimento, o contexto geopolítico e as disputas comerciais ainda podem trazer desafios para a zona do euro. Na mesma linha, Álvaro Santos Pereira, chefe do Banco Central de Portugal, afirmou que novos ajustes nas taxas dependerão da evolução econômica, ressaltando que o crescimento europeu deveria ser mais robusto.
Pela manhã, o primeiro-ministro da França, Sébastien Lecornu, declarou que o Parlamento francês não conseguirá aprovar um orçamento para o país antes do fim do ano, devido à "falta de vontade" de alguns parlamentares em buscar um acordo. O impasse agrava as tensões políticas, em meio a protestos de agricultores.
No destaque corporativo, as ações da alemã Puma recuaram cerca de 3%, enquanto a Adidas perdeu aproximadamente 1%, impactadas pelos resultados trimestrais da americana Nike, que apresentou vendas fracas na China. A Autoridade Italiana da Concorrência encerrou quatro investigações envolvendo a Stellantis, que teve queda de cerca de 0,8%, e o braço italiano da Volkswagen, que operou próximo da estabilidade. Outros papéis do setor automotivo, como Ferrari (+1,6%) e BMW (+0,5%), fecharam em alta.
No setor de construção, a espanhola Molins anunciou acordo com o grupo português Semapa (+21,7%) para adquirir 100% da Secil Companhia Geral de Cal e Cimento, ampliando sua atuação na Europa e entrada no mercado brasileiro.
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