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Associação Brasileira de Bancos manifesta apoio ao BC após questionamentos sobre liquidação do Master
Entidade reforça confiança na autonomia e capacidade técnica do Banco Central diante de questionamentos do TCU sobre a liquidação extrajudicial do Banco Master.
A Associação Brasileira de Bancos (ABBC) manifestou nesta sexta-feira, 19, apoio ao Banco Central (BC) após o Tribunal de Contas da União (TCU) questionar a liquidação extrajudicial do Banco Master. Em nota, obtida em primeira mão pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), a entidade afirmou ter "confiança" em todas as decisões da autoridade monetária sobre o tema.
A ABBC destacou que o BC possui independência, um quadro "altamente qualificado" e "plena capacidade técnica" para embasar suas deliberações. A associação também defendeu a preservação da autonomia e da segurança jurídica do BC, fatores essenciais para garantir o funcionamento "em harmonia" das instituições e a proteção dos servidores. "O sistema financeiro nacional precisa de um Banco Central forte e com segurança jurídica em suas decisões", enfatizou a entidade.
A ABBC representa bancos pequenos e médios, financeiras, cooperativas, sociedades de crédito direto, sociedades de empréstimo pessoal, corretoras, fintechs e instituições de pagamento.
Fundada em 1983, a associação discute problemas conjunturais e econômicos que afetam os interesses do sistema financeiro e elabora estudos e notas técnicas sobre o setor.
Como mostrou o Broadcast mais cedo, o ministro Jhonatan de Jesus, do TCU, concedeu ao BC o prazo de 72 horas para fornecer esclarecimentos sobre indícios de possível precipitação na decisão de liquidar o Banco Master, tomada no mês passado.
Na ocasião, a medida foi justificada pela "grave crise de liquidez" do banco e por violações a normas regulatórias. O presidente do Master, Daniel Vorcaro, chegou a ser preso sob suspeita de fraudes na emissão de títulos de crédito falsos. No fim de novembro, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região determinou a soltura de Vorcaro e de outros executivos do banco, impondo o uso de tornozeleira eletrônica.
Em conversas reservadas nas últimas semanas, banqueiros e agentes do mercado têm defendido a atuação do presidente do BC, Gabriel Galípolo, no caso, segundo apuração do Broadcast.
A avaliação é que o dirigente se baseou em evidências sólidas e no trabalho do respeitado corpo técnico do Banco Central.
Algumas fontes ressaltam ainda que o antecessor de Galípolo, Roberto Campos Neto, poderia ter agido com mais rapidez diante do crescimento acelerado do Master, impulsionado por uma estratégia agressiva de distribuição de Certificados de Depósito Bancário (CDBs).
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