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Ministério da Saúde reforça vacinação após Brasil registrar casos de 'gripe K'

Quatro infecções pelo subclado K do vírus influenza A (H3N2) foram confirmadas no país; pasta alerta para importância da imunização.

19/12/2025
Ministério da Saúde reforça vacinação após Brasil registrar casos de 'gripe K'
Imagem ilustrativa gerada por inteligência artificial - Foto: Nano Banana (Google Imagen)

O Ministério da Saúde confirmou quatro casos de influenza A (H3N2) do subclado K, conhecido como "gripe K", no Brasil. Três registros foram identificados em Mato Grosso do Sul e um no Pará, conforme informe divulgado na noite de quinta-feira, 18.

Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o caso do Pará está relacionado à importação da doença e foi detectado em uma mulher que veio das Ilhas Fiji. Os três casos em Mato Grosso do Sul seguem em investigação pelo Instituto Adolfo Lutz para confirmação da origem.

Diante desses registros, o Ministério da Saúde reforça a importância da vacinação e destaca que os imunizantes disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS) protegem contra formas graves da gripe, inclusive as causadas pelo subclado K.

"A hesitação vacinal, cenário observado em países da América do Norte, contribui para a maior circulação do vírus, especialmente em contextos de baixa adesão à imunização", ressalta comunicado da pasta.

No início da semana, a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu alerta para o aumento de casos da "gripe K" em diferentes regiões do mundo. O avanço coincide com o início do inverno no Hemisfério Norte, período em que países como Estados Unidos e Canadá registram mais ocorrências.

Até o momento, não há evidências de que o subclado K esteja associado a maior gravidade dos casos. Especialistas apontam que os sintomas são semelhantes aos da gripe clássica: febre, dores no corpo, tosse e cansaço.

Síndrome respiratória aguda grave (SRAG)

Em 2025, o Brasil apresentou comportamento atípico da influenza A (H3N2), com aumento de casos no segundo semestre, antes mesmo da identificação do subclado K. O movimento começou na região Centro-Oeste e se espalhou para outros estados.

Atualmente, as regiões Centro-Oeste e Sudeste registram queda nos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) associados à influenza, enquanto Norte e Nordeste apresentam tendência de crescimento.

Quem deve se vacinar contra a gripe?

A vacina contra influenza é reformulada anualmente em duas versões, para os hemisférios Norte e Sul. No SUS, a imunização é prioritária para grupos vulneráveis, incluindo:

  • Crianças de 6 meses a menores de 6 anos
  • Gestantes
  • Idosos
  • Trabalhadores da saúde
  • Puérperas
  • Professores dos ensinos básico e superior
  • Indígenas
  • Pessoas em situação de rua
  • Profissionais das forças de segurança e de salvamento
  • Profissionais das Forças Armadas
  • Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais
  • Pessoas com deficiência permanente
  • Caminhoneiros
  • Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo
  • Trabalhadores portuários
  • Funcionários do sistema de privação de liberdade
  • População privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas

A vacina também está disponível em farmácias e clínicas particulares.

Outras recomendações

Além da vacinação, o Ministério da Saúde recomenda o uso de máscara por pessoas com sintomas respiratórios, higienização frequente das mãos e ventilação adequada dos ambientes.