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Caças americanos sobrevoam região próxima a Caracas, na Venezuela

Movimentos de aeronaves militares dos EUA ocorrem em meio ao aumento da tensão com o governo de Nicolás Maduro

19/12/2025
Caças americanos sobrevoam região próxima a Caracas, na Venezuela
Imagem ilustrativa gerada por inteligência artificial - Foto: Nano Banana (Google Imagen)

O site de rastreamento Flight Radar, que monitora voos em tempo real, registrou nesta quinta-feira, 18, pelo menos cinco caças F-18 da Marinha dos Estados Unidos sobrevoando o Mar do Caribe, em uma área próxima a Caracas, capital da Venezuela.

Segundo o Flight Radar, dois caças surgiram no rastreamento por volta das 15h30 (horário de Brasília), realizando voos circulares próximos ao território venezuelano. Minutos depois, outros três caças, também da Marinha americana, passaram a voar em uma região mais afastada.

Aos poucos, as aeronaves desapareceram do rastreador. A última delas deixou de aparecer nas imagens por volta das 20h55 (de Brasília). O site não conseguiu identificar os pontos de decolagem e pouso das cinco aeronaves monitoradas.

A presença dos aviões militares próximos a Caracas ocorre em meio ao aumento da tensão entre Estados Unidos e Venezuela.

O governo do presidente Donald Trump intensificou, desde o início de setembro, ataques contra embarcações no Mar do Caribe, região próxima à Venezuela, sob a justificativa de combater o tráfico de drogas. As operações também têm ocorrido no Pacífico.

Na madrugada desta quinta, as forças armadas dos EUA realizaram um novo bombardeio contra um barco no Pacífico Oriental. Desde o início da campanha antidrogas, os americanos já bombardearam 25 embarcações, resultando em pelo menos 95 mortes.

O presidente venezuelano Nicolás Maduro afirma que os Estados Unidos utilizam a guerra às drogas como pretexto para tentar promover uma mudança de regime em Caracas.

Também nesta quinta, Trump declarou a jornalistas que "não se importaria" de avisar o Congresso sobre ataques militares planejados contra a Venezuela, mas ponderou que "não é obrigado" a fazê-lo e teme vazamentos de informações.

Parlamentares americanos têm criticado as ações do presidente e o fato de não terem sido informados previamente sobre os ataques contra a Venezuela.

Segundo os congressistas, durante os primeiros meses da campanha militar, receberam informações limitadas sobre a condução das operações pelas Forças Armadas dos EUA. Em alguns casos, tomaram conhecimento dos ataques apenas pelas redes sociais, após o Pentágono divulgar vídeos de embarcações em chamas.