A Corte de Apelação de Roma adiou para 20 de janeiro de 2026 a decisão sobre a extradição da ex-deputada federal Carla Zambelli ao Brasil. O adiamento atende a um pedido da defesa da ex-parlamentar, que solicitou mais tempo para analisar os documentos apresentados pelas autoridades brasileiras.

Segundo informações do jornal O Globo, o Ministério Público italiano considera que o pedido de extradição cumpre todos os requisitos legais, incluindo a confirmação de que Zambelli não é alvo de perseguição política.

No processo, o Brasil anexou dados sobre o local onde Zambelli deverá cumprir pena e as condições da unidade prisional, além de outros esclarecimentos sobre o tratamento às detentas. A defesa, por sua vez, pediu prazo para avaliar a documentação.

De acordo com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, Zambelli poderá ser encaminhada à Penitenciária Feminina do Distrito Federal, a Colmeia, que, segundo a Vara de Execuções Penais (VEP), segue padrões de salubridade, segurança e assistência às detentas, conforme a Lei de Execuções Penais.

Zambelli foi condenada pelo STF a 10 anos de prisão por envolvimento na invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Após fugir para a Itália, foi localizada pelas autoridades após inclusão na lista de foragidos da Interpol.

Ela também recebeu uma segunda condenação do STF: 5 anos e 3 meses de prisão em regime semiaberto, além de multa de 400 salários-mínimos, por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal contra um jornalista em São Paulo.

No último domingo (14), Zambelli oficializou a renúncia ao mandato de deputada federal. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), convocou o suplente Adilson Barroso (PL-SP) para assumir a vaga.

Com informações de Sputinik Brasil