Por Patricia Lara

As principais bolsas da Europa operam em alta nesta quinta-feira (18), na véspera das decisões de política monetária dos maiores bancos centrais da região. O mercado aposta em uma possível flexibilização do Banco da Inglaterra (BoE), enquanto o Banco Central Europeu (BCE) deve manter a taxa de juros inalterada, mas pode sinalizar uma postura mais cautelosa em sua comunicação, indicando que o próximo movimento poderá ser de alta.

Por volta das 7h27 (horário de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 subia 0,3%, aos 581,47 pontos. No mesmo horário, a Bolsa de Frankfurt registrava alta de 0,16%, Londres avançava 0,23% e Paris ganhava 0,26%. Os mercados de Milão e Lisboa subiam 0,3% e 0,04%, respectivamente, enquanto Madri liderava os ganhos com elevação de 0,6%.

Segundo avaliação do Rabobank, as decisões do BoE e do BCE refletem estágios distintos da política monetária entre os países do G10. "Não vemos motivo para o BCE alterar sua política nesta reunião, e o mercado concorda. Uma nova manutenção deve consolidar a percepção de que o ciclo de cortes chegou ao fim, embora não se espere que Christine Lagarde confirme isso de forma explícita", aponta relatório do banco. Para o Rabobank, a inflação no Reino Unido, divulgada na quarta-feira, reforça a ideia de que o BoE está atrasado em relação ao ciclo. Por isso, há expectativa de corte de juros ainda hoje.

Entre as empresas, destaque para a BP, que subia 0,5% em Londres após anunciar Meg ONeill, presidente da Woodside Energy e com 23 anos de experiência na ExxonMobil, como nova CEO. Em meio à alta do petróleo, a Shell também avançava 0,5% no mercado londrino, enquanto, em Paris, a TotalEnergies registrava ganho de 0,6%.

Além das decisões dos bancos centrais e da inflação ao consumidor nos Estados Unidos, investidores acompanham a última reunião de líderes da União Europeia em 2025. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pediu aos líderes dos 27 países-membros que aprovem o aguardado acordo comercial do bloco com o Mercosul, que enfrenta resistência de países como a França.

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