As bolsas de Nova York encerraram a sessão desta quarta-feira, 17, em queda, com o setor de tecnologia voltando a pesar fortemente sobre os índices, além de mais um episódio na disputa entre a Netflix e a Paramount pela compra da Warner Bros..

O Dow Jones registrou queda de 0,47%, aos 47.885,97 pontos. O S&P 500 encerrou com perdas de 1,16%, aos 6.721,43 pontos, enquanto o Nasdaq recuou 1,80%, aos 22.693,32 pontos.

Wall Street iniciou o dia em alta, mas não sustentou o movimento diante da pressão do setor de tecnologia, que perdeu 2,19%.

Segundo reportagem do Financial Times, a Oracle estaria enfrentando problemas em acordos para a instalação de data centers em Michigan. Mesmo após desmentir a notícia, a companhia encerrou o pregão com forte baixa de 5,40%. Já a Amazon caiu 0,58% após relatos de que a empresa estaria cogitando um investimento de US$ 10 bilhões para que a OpenAI passasse a utilizar seus chips Trainium.

O movimento negativo também pressionou outras gigantes do setor, como Nvidia (-3,81%), Intel (-3,38%) e Alphabet (-3,21%). A Micron Technology, que divulga os resultados trimestrais após o fechamento dos mercados, também registrou queda de 3,01%. Enquanto isso, a Tesla recuou 4,62%, após a Califórnia ameaçar suspender as licenças de concessionária e de fabricação, em meio a uma disputa por suposta publicidade irregular.

Em mais um capítulo da disputa corporativa, a Warner Bros. Discovery caiu 2,39% após orientar os acionistas a rejeitar a oferta da Paramount Skydance (-5,42%), que, por sua vez, afirmou ter o financiamento da compra garantido. O conselho administrativo da Warner reiterou o apoio à Netflix (+0,23%).

Por outro lado, o setor energético, principal perdedor da terça-feira, se recuperou nesta quarta, acompanhando a alta do petróleo e o aumento das tensões políticas. As ações de empresas como Exxon Mobil (2,35%), ConocoPhillips (4,59%) e Chevron (1,89%) registraram valorização.

No cenário macroeconômico, os mercados aguardam os dados do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), previstos para amanhã, que devem servir para recalibrar as expectativas de flexibilização monetária.

Com informações de Dow Jones Newswires.