O petróleo encerrou o pregão desta quarta-feira, 17, em alta, impulsionado pelo aumento das tensões geopolíticas entre Estados Unidos e Venezuela. A valorização ocorre após o presidente norte-americano, Donald Trump, ordenar o bloqueio de petroleiros sancionados do país latino-americano, medida que reacendeu preocupações no mercado internacional.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para fevereiro subiu 1,23% (US$ 0,68), fechando a US$ 55,81 o barril. Já o Brent para o mesmo mês, negociado na Intercontinental Exchange de Londres (ICE), avançou 1,29% (US$ 0,76), encerrando a US$ 59,68 o barril.

O movimento de alta teve início ainda na noite de terça-feira, após o anúncio do bloqueio total dos petroleiros sancionados que entram e saem da Venezuela. Segundo Trump, o regime de Nicolás Maduro estaria utilizando petróleo de campos considerados roubados para financiar suas operações. Ainda no cenário latino-americano, o Departamento de Estado dos EUA classificou o grupo colombiano Clan del Golfo como organização terrorista estrangeira, devido ao envolvimento com o tráfico de drogas.

Para a consultoria Capital Economics, o bloqueio ao óleo venezuelano sancionado representa um risco-chave que já vinha pressionando o mercado da commodity nos últimos meses. No entanto, a consultoria pondera que o potencial de alta nos preços segue limitado, pois mesmo que as exportações venezuelanas sejam totalmente interrompidas, o mercado global ainda registraria um excedente significativo no próximo ano.

Investidores também acompanham possíveis novas sanções dos EUA contra a Rússia, caso Moscou não avance nas negociações de paz com a Ucrânia, o que mantém o prêmio de risco elevado nos mercados de energia.

No radar, os estoques de petróleo nos EUA caíram 1,274 milhão de barris na semana passada, totalizando 424,417 milhões de barris, segundo o Departamento de Energia (DoE). Analistas projetavam uma redução de 1,9 milhão de barris.