O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), declarou nesta quarta-feira, 17, que ainda não há decisão sobre o reajuste das tarifas de ônibus na capital. Segundo ele, a prioridade é evitar aumento real da passagem.

"O ideal é manter congelada a tarifa. Se a gente não conseguir, que a gente não passe da inflação", afirmou Nunes durante a entrega de novos veículos elétricos no Pacaembu.

Nunes aguarda o envio de estudos da SPTrans sobre custos e possibilidade de arrecadação para o transporte público. "Eles não me apresentaram ainda, então eu não tenho essa resposta para te dar", disse o prefeito. Ele explicou que, normalmente, o estudo é entregue até o dia 20 de dezembro.

Após receber o levantamento, Nunes informou que discutirá o possível reajuste com o governo estadual, comandado por Tarcísio de Freitas (Republicanos). "Não tem uma vinculação, mas até por uma questão de integração, a gente senta para poder falar", afirmou.

O prefeito destacou que, sem subsídio, a tarifa de ônibus poderia chegar a R$ 9,00. Atualmente, o subsídio concedido pela Prefeitura alcançou R$ 6 bilhões no último ano e deve superar esse valor em 2024.

"O estudo vai ser técnico. Assim que eles me trouxerem, se tiver que aumentar o subsídio, a gente aumenta, se tiver capacidade no caixa. Se puder diminuir é bom, porque a gente usa esse recurso para mais ônibus elétrico, para infraestrutura, para saúde. Enfim, é algo que vai ser decidido tecnicamente quando a SPTrans me trouxer o material do estudo com relação à questão do orçamento e da tarifa", concluiu Nunes.

No último ano, a tarifa de ônibus subiu de R$ 4,40 para R$ 5, um aumento de 13,6%. A integração passou de R$ 8,20 para R$ 8,90. O governo do Estado também reajustou as tarifas do metrô, CPTM e ViaMobilidade de R$ 5 para R$ 5,20.