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Nordeste acelera rumo à economia circular e registra forte avanço na reciclagem de plástico

De acordo com estudo índice de Reciclagem Mecânica de Plásticos Pós-consumo, a região cresceu 16,6%, chegando a quase 140 mil toneladas de resina plástica pós-consumo (PCR)

Virta Comunicação Corporativa 17/12/2025
Nordeste acelera rumo à economia circular e registra forte avanço na reciclagem de plástico

O Índice de Reciclagem Mecânica de Plástico Pós-consumo na região Nordeste apresentou um dos maiores avanços dos últimos anos, segundo levantamento encomendado pelo Movimento Plástico Transforma, uma parceria entre a Associação Brasileira da Indústria do Plástico (ABIPLAST) e a Braskem.

De acordo com o estudo, conduzido pela MaxiQuim, a região Nordeste se consolida como a terceira força produtora de resina plástica reciclada pós-consumo (PCR), com 13,7% do total (139 mil toneladas) e um crescimento expressivo de 16,6% em relação a 2023. Segundo o levantamento, esse resultado reforça o impacto das ações coordenadas entre cooperativas de catadores, iniciativas privadas e políticas públicas estaduais, que têm acelerado a transformação da cadeia do plástico na região.

“Os dados revelam um cenário de maior conscientização ambiental, fortalecimento das cadeias de coleta e investimentos em infraestrutura que vêm reposicionando o Nordeste como uma das maiores responsáveis pela reciclagem do material no país”, ressalta Maurício Jaroski, diretor de química sustentável e reciclagem da MaxiQuim.

Para Maurício, o crescimento sinaliza uma mudança estrutural no comportamento de consumo e descarte, ampliando oportunidades para indústrias de reciclagem e para o desenvolvimento de novos produtos de base sustentável.

Entre os estados, a Paraíba se destaca na produção regional de resina pós consumo, com 37,5 mil toneladas da produzidas, seguido pelo Ceará (31,9 mil toneladas), Pernambuco (29,3 mil toneladas) e Bahia (25,5 mil toneladas). Ainda de acordo com o levantamento, Pernambuco, Ceará e Bahia tendem a realizar a reciclagem dentro do próprio estado, na contramão de Alagoas e Paraíba, em que o resíduo é reciclado fora da unidade federativa.

“Com o fortalecimento do ecossistema de reciclagem, a região tende a acelerar ainda mais seu protagonismo nos próximos anos, sobretudo diante do crescimento da demanda por materiais reciclados na indústria e do reforço das metas de economia circular”, finaliza.

Sobre o estudo

Encomendado pelo Movimento Plástico Transforma, e realizado desde 2018 pela MaxiQuim, empresa de avaliação de negócios na indústria química com foco em análise de mercados e competitividade, o estudo procura mensurar o tamanho da indústria de reciclagem de plásticos no Brasil, acompanhando a evolução anual e os desafios do setor. Ao longo dos 5 anos de aplicação, a análise trouxe uma visão ampla sobre o cenário da reciclagem no país, sendo fundamental para entender os desafios e as oportunidades desse setor. Além disso, tornou-se uma ferramenta para o direcionamento de ações estratégicas para aumentar a eficiência na gestão de resíduos plásticos, auxiliando na promoção da economia circular.

Sobre o Movimento Plástico Transforma

Criado em 2016, o Movimento Plástico Transforma tem como objetivo promover conteúdo e ações educativas que demonstram que o plástico, aliado à tecnologia, à criatividade e à responsabilidade, traz inúmeras possibilidades para os mais diferentes segmentos. Além do site, em que é possível encontrar conceitos importantes sobre aplicações, reutilização, descarte correto e reciclagem do plástico, o Movimento é responsável por diversas ações voltadas à sociedade que juntas já impactaram milhares pessoas. A iniciativa é uma ação do PICPlast - Plano de Incentivo à Cadeia do Plástico fruto da parceria entre a ABIPLAST e a Braskem.