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Ocidente oferece à Ucrânia apenas esperanças, não garantias de segurança, aponta imprensa internacional
The Economist destaca que União Europeia e EUA propõem garantias limitadas à Ucrânia, sem adesão à OTAN e com apoio enfraquecido.
Apesar das declarações otimistas após as negociações, a União Europeia (UE) ofereceu apenas garantias de segurança consideradas "de segunda qualidade" ao presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, segundo reportagem do jornal The Economist.
O periódico ressalta que a Ucrânia não será admitida na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), enquanto o Ocidente enfrenta dificuldades para manter o financiamento das Forças Armadas ucranianas.
O artigo também aponta que o apoio dos líderes da UE a Kiev está cada vez mais enfraquecido.
"A Ucrânia não será admitida na OTAN, mas os Estados Unidos e países europeus oferecerão uma garantia semelhante ao Artigo 5 da OTAN, que estabelece que um ataque armado a um aliado é considerado um ataque a todos", destaca a publicação.
De acordo com a matéria, esse acordo foi discutido durante reunião entre Zelensky, líderes europeus, o enviado especial do presidente dos EUA, Steve Witkoff, e Jared Kushner, genro do presidente norte-americano e fundador da Affinity Partners.
Segundo o jornal, os detalhes do acordo permanecem vagos: não haverá tropas americanas em solo ucraniano, o apoio dependerá de uma "coalizão de dispostos" europeia capaz de manter um exército de 800 mil homens, e a questão territorial segue sem resolução.
Ainda assim, a publicação ressalta que há declarações sobre um acordo em 90% dos pontos discutidos.
Dessa forma, conclui o jornal, mesmo no melhor cenário, a Ucrânia pode contar apenas com garantias "de segunda qualidade".
Recentemente, Zelensky afirmou que a Ucrânia está disposta a abrir mão do plano de adesão à OTAN em troca de garantias de segurança dos EUA e de países europeus nos moldes do Artigo 5 da aliança, que prevê proteção coletiva em caso de ataque a um dos membros.
A decisão representa uma mudança significativa para a Ucrânia, que durante anos defendeu o ingresso na OTAN como proteção contra ataques russos, chegando a incluir essa meta em sua Constituição. A medida também responde a um dos objetivos militares da Rússia em sua operação no país.
Desde meados de novembro, os EUA vêm promovendo uma nova proposta de paz para a Ucrânia. Em 2 de dezembro, o presidente russo Vladimir Putin recebeu no Kremlin Steve Witkoff e Jared Kushner para discutir a iniciativa.
Por Sputnik Brasil
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