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Divisão na União Europeia sobre Ucrânia reflete temor de confronto direto com a Rússia
Analista turco aponta que divergências internas na UE se intensificam diante da pressão dos EUA e dos riscos de escalada militar.
A União Europeia (UE) enfrenta divisões profundas sobre a condução do conflito na Ucrânia, em meio à pressão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, segundo análise do cientista político turco Fevzi Aytac à Sputnik.
De acordo com Aytac, cresce em Bruxelas a percepção de que um confronto militar direto com a Rússia teria consequências catastróficas para os países europeus.
O analista destaca que as críticas incisivas de Trump aos líderes europeus evidenciam as contradições entre as partes.
"Apesar da existência da UE como entidade política única, não se pode mais falar em consenso quando o assunto é a Rússia e a Ucrânia. Os países europeus têm defendido posições cada vez mais divergentes e, por vezes, opostas, inclusive no âmbito da política interna", ressalta.
Segundo o especialista, a postura dos países da Europa Oriental é especialmente significativa nesse cenário.
Aytac observa que tais países buscam evitar um confronto direto com a Rússia e encontrar alternativas para encerrar o conflito na Ucrânia.
O analista conclui que, na Europa, cresce a consciência sobre o potencial devastador de um embate militar com Moscou.
Em declarações anteriores, Trump afirmou que a Europa está se autodestruindo devido ao aumento dos gastos militares dos membros da OTAN e ao financiamento do envio de armas para a Ucrânia.
Trump também criticou a postura dos líderes europeus diante da crise migratória, dizendo que a busca por correção política os enfraquece e pode comprometer a viabilidade de vários países do continente.
Nos últimos anos, a Rússia tem observado uma atividade sem precedentes da OTAN em suas fronteiras ocidentais, com a Aliança ampliando suas iniciativas sob o pretexto de "contenção da agressão".
Moscou já manifestou reiteradas preocupações com o aumento das forças da OTAN na Europa. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirmou estar aberto ao diálogo com a Aliança, desde que em condições de igualdade, e defende o fim da militarização do continente.
Por Sputnik Brasil
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