Geral
Venezuela denuncia à ONU apreensão de navio petroleiro pelos EUA
Governo venezuelano acusa Estados Unidos de pirataria internacional após apreensão de embarcação e exige devolução de petróleo.
O governo da Venezuela formalizou, nesta terça-feira (16), uma denúncia contra os Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU), acusando o país de pirataria internacional.
Em carta enviada ao presidente do Conselho de Segurança da ONU, Samuel Zbogar, o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela condenou a apreensão, em 10 de dezembro, de um navio petroleiro na costa venezuelana pelo governo do então presidente Donald Trump.
"A República Bolivariana da Venezuela denuncia e repudia energicamente o que constitui um roubo descarado e um ato de pirataria internacional, anunciado de forma pública pelo presidente dos Estados Unidos, que confessou o assalto a um navio petroleiro no mar do Caribe", diz a carta.
O chanceler venezuelano, Ivan Gil Pinto, solicitou a libertação "imediata e incondicional da tripulação sequestrada", bem como a devolução do petróleo "confiscado ilegalmente em alto-mar".
"Não é a primeira vez que o admite: já durante sua campanha de 2024 afirmou abertamente que seu objetivo sempre foi ficar com o petróleo venezuelano sem pagar qualquer contrapartida em troca, deixando claro que a política de agressão contra o nosso país responde a um plano deliberado de espoliação de nossas riquezas energéticas", segue o texto.
Segundo autoridades de Washington, o navio estaria transportando petróleo da Venezuela para o Irã e já era alvo de sanções devido a supostas ligações com redes de financiamento de organizações terroristas.
A carta do governo venezuelano conclui pedindo apoio e indignação da população e da comunidade internacional diante da apreensão:
"A Venezuela faz um chamado a todo o povo venezuelano para permanecer firme na defesa da pátria e exorta a comunidade internacional a rejeitar essa agressão e vandalismo, ilegal e sem precedentes, que se pretende normalizar como uma ferramenta de pressão e saque".
Desde setembro, as forças armadas dos Estados Unidos já destruíram dezenas de embarcações supostamente ligadas ao tráfico de drogas na costa da Venezuela, resultando na morte de mais de 80 pessoas. No final de setembro, a NBC noticiou que militares norte-americanos avaliavam opções para atacar narcotraficantes dentro do território venezuelano.
Em novembro, Donald Trump ameaçou Nicolás Maduro, afirmando que seus dias como chefe de Estado estavam contados, mas garantiu que Washington não tinha planos de entrar em guerra com Caracas.
Mais lidas
-
1DEFESA NACIONAL
'Etapa mais crítica e estratégica': Marinha avança na construção do 1º submarino nuclear do Brasil
-
2CRISE INTERNACIONAL
UE congela ativos russos e ameaça estabilidade financeira global, alerta analista
-
3ECONOMIA GLOBAL
Temor dos EUA: moeda do BRICS deverá ter diferencial frente ao dólar
-
4REALITY SHOW
'Ilhados com a Sogra 3': Fernanda Souza detalha novidades e desafios da nova temporada
-
5DIREITOS DOS APOSENTADOS
Avança proposta para evitar superendividamento de aposentados