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Crédito do Trabalhador deve atingir R$ 100 bilhões concedidos até o fim de 2025, afirma secretário

Programa lançado pelo governo federal amplia acesso ao crédito para trabalhadores da iniciativa privada e pode impulsionar economia, segundo Marcos Pinto.

16/12/2025
Crédito do Trabalhador deve atingir R$ 100 bilhões concedidos até o fim de 2025, afirma secretário
O secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Pinto - Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Pinto, afirmou nesta terça-feira (16) que o Crédito do Trabalhador deve fechar o ano de 2025 com R$ 100 bilhões concedidos a empregados da iniciativa privada, em menos de um ano de programa.

"O Brasil tem hoje uma proporção de crédito em relação ao PIB muito inferior aos países desenvolvidos", declarou em entrevista à CNN Money. "Segundo o próprio Banco Mundial, há espaço para aumentar em 40% o volume de crédito na economia", acrescentou.

Pinto destacou a importância de diferenciar os tipos de crédito, entre aqueles que levam ao endividamento e os que podem fomentar investimentos e ajudar famílias em momentos de dificuldade. Ele defendeu que o crédito é "o motor de todas as economias desenvolvidas e não deveria ser diferente no Brasil". Sobre críticas à possível expansão irresponsável do crédito, afirmou: "Acredito que essa é uma crítica superficial, que não tem aderência com a realidade".

O secretário explicou que o objetivo do governo é criar mecanismos para reduzir a taxa de juros, tornando o endividamento mais saudável e benéfico para a economia. "Não estamos simplesmente dando crédito com dinheiro público para as pessoas gastarem, mas criando condições para que o setor privado expanda a oferta de crédito", frisou. Segundo ele, reformas estruturais devem ampliar o PIB potencial do Brasil e permitir crescimento sem pressão inflacionária.

Teto no consignado privado

Sobre a possibilidade de limitar os juros do crédito consignado privado, Marcos Pinto afirmou que o governo atua para coibir práticas abusivas, já identificadas no setor. "Isso indica que os bancos não estão precificando o produto de forma perfeitamente competitiva, como seria de se esperar", avaliou. Por outro lado, alertou que um tabelamento pode excluir pessoas do acesso ao crédito. "Pode haver um teto aos juros, isso está sendo estudado e precisa ser feito com muito cuidado, caso seja implementado".

"Se houver um teto, será semelhante aos já existentes em outras modalidades, como o cheque especial, o consignado do setor público e do INSS", explicou.

Além do Crédito do Trabalhador, o secretário lembrou que participou da idealização e implementação de outros projetos avaliados positivamente pelo governo, como o Desenrola, o Pé-de-Meia e a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda.